sexta-feira, 29 de abril de 2011

Revolução Industrial

Revolução Industrial    
 
A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.
 

Etapas da industrialização

 
Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:
 
1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.
 
1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
 
1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Artesanato, manufatura e maquinofatura

 
O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.



A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas   no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.


AS FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

1.ª Fase - +/–1750 até +/–1860:
Durante a segunda metade do século XVIII, na Inglaterra uma série de transformações no processo de produção de mercadorias, deram origem ao que se convencionou chamar por 1a Revolução Industrial.
Antes desse processo eram as oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Nestas oficinas, também chamadas de manufaturas, o artesão controlava todo o processo de produção. Era ele quem estabelecia, por exemplo, sua jornada de trabalho. Também não existia uma profunda divisão do trabalho (cada um fazendo uma parte do produto). Freqüentemente nas oficinas um grupo de dois ou três artesãos se dedicava à produção de uma mercadoria de seu princípio ao seu fim, ou seja fazia a mercadoria como na sua totalidade, sem divisão do trabalho.
Com a Revolução Industrial isso se alterou, os artesão perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologia e novas máquinas apareceram as fábricas nas quais todas as modernas máquinas tornaram-se propriedade de um capitalista (burguês). A produção fabril concorrendo com a artesanal levou esta à ruína. Os antigos artesão, então tiveram que se tornar trabalhadores assalariados, estando a partir daí sob o controle do capitalista.
Essa fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos: 


 invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão e consequente desenvolvimento da indústria têxtil;  invenção da máquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecânica, como a roda de água, a roda de vento e a tração animal;  uso do coque para a fundição do ferro; a produção de lâminas de ferro e a produção do aço em larga escala;  melhoria no processo de exploração do carvão mineral, com a utilização de máquinas a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão;  revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva, do navio a vapor e do telégrafo;  progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e arados, invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica.
2.ª Fase - +/–1860 até +/–1945:
Essa fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos: 


 aperfeiçoamento na produção do aço, que superou o uso do ferro;  aperfeiçoamento do dínamo;  utilização de novas fontes de energia, como o petróleo e a energia elétrica;  invenção do motor de combustão interna;  emprego dos metais leves, como o alumínio e o magnésio;  nova evolução nos transportes, com introdução das locomotivas e dos navios a óleo, invenção do automóvel, do avião, do telégrafo sem fio, do rádio e da televisão;  introdução de máquinas automáticas, permitindo a produção em série e provocando um grande aumento na produção.
V O C A B U L Á R I O

CEIFADEIRA: Máquina para cortar cereais, sobretudo trigo; é dotada de uma lâmina dentada que se movimenta em vaivém num porta-lâmina, guarnecido por dedos de ferro que dividem o cereal cortado em pequenos feixes.
COQUE: Tipo de carvão proveniente da destilação da hulha; é um mineral fóssil sólido de origem vegetal. O coque é usado sobretudo na produção de aço.
DEBULHADORA: Máquina para debulhar, isto é, separar os grãos dos cereais do bagaço ou das folhas.
DÍNAMO: Gerador que transforma a energia mecânica em energia elétrica.


Veja também no link abaixo


http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
Fases da Revolução Industrial
 
 1ª fase -1750/1860:
 Inglaterra;
 Energia utilizada: carvão;
 Industria têxtil;
Utilização do ferro;
 Péssimas condições de trabalho;
 Capitalismo industrial.
 2ª fase – 1860/1945:
 Expansão industrial: Bélgica, França,Alemanha, Itália, Japão, e EUA;
 Energia: elétrica, petróleo;
 Diversificação industrial, petroquímica, eletroeletrônica, metalúrgica;
 Utilização do aço;
 Melhoria nas condições de trabalho;
 Capitalismo financeiro.
 3ª fase – 1954/ até hoje:
 Amplificação da capacidade produtiva;
 Avanço tecnológico: informática, robótica, telecomunicações, biotecnologia, engenharia genética e produção bélica;
 Padronização dos hábitos de consumo;
 Capitalismo selvagem.






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