Cristianismo
Com cerca de 2,1 bilhões de adeptos atualmente, o Cristianismo é a
maior religião do mundo, sendo predominante na Europa, América e
Oceania. A religião se iniciou através dos ensinamentos de Jesus de
Nazaré, considerado o salvador da humanidade. O cristianismo é uma
religião abraâmica, da mesma forma que o Islamismo e o Judaísmo.
Os seguidores de Jesus são chamados de “cristãos”; tal denominação foi utilizada pela primeira vez em Antioquia, uma colônia militar grega. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus, como os cristãos primitivos viviam, etc.
Os seguidores de Jesus são chamados de “cristãos”; tal denominação foi utilizada pela primeira vez em Antioquia, uma colônia militar grega. O livro sagrado dos cristãos é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento. A primeira parte conta a história da criação do mundo, das leis, tradições judaicas, etc. Já o Novo Testamento conta a vida de Jesus, como os cristãos primitivos viviam, etc.
Jesus Cristo nasceu em Belém, Judeia (Palestina), por volta do ano 6
a.C. Seus ensinamentos morais, como o amor a Deus e ao próximo, fizeram
com que sua vida passasse a ser um exemplo a ser seguido. Aos 33 anos,
Jesus morreu crucificado injustamente e ressuscitou após o terceiro dia.
Existem três ramos do Cristianismo: Protestantismo, Catolicismo e
Igreja Ortodoxa. Em razão disso, existem, também, diferentes concepções e
aspectos em cada um deles. Contudo, de forma universal, podemos afirmar
que os adeptos ao Cristianismo creem na existência de um Deus, criador
do universo; de Jesus Cristo, elemento central da religião, considerado o
redentor da humanidade; e da vida após a morte.
O Cristianismo se difundiu grandemente pela Ásia, Europa e África. A
religião cresceu tanto que, no ano de 313, o imperador Constantino
concedeu aos cristãos liberdade de culto; e em 392, foi considerada a
religião oficial do Império Romano.
Por Tiago Dantas
Budismo
Origem
do budismo
O
budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico,
originário da região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama (563? - 483
a.C.?), também conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século
VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia
espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem seguir normalmente
outras religiões e não apenas o budismo.
O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é
considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento
interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com
a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e
se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características
próprias em cada região.
Os
ensinamentos, a filosofia e os princípios
Os
ensinamentos do budismo têm como estrutura a ideia de que o ser humano está
condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos
sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será
considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta ideia é conhecida
como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o
estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.
A
filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a
origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para
superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da
dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento
correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De
todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante
para atingir o estado de nirvana.
A
filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir: não
maltratar os seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não
roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou
difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes.
Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará
o carma de uma vida seguinte.
Hinduísmo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O hinduísmo é uma tradição religiosa1 que se originou no subcontinente indiano. Frequentemente é chamado de Sanātana Dharma (सनातन धर्म) por seus praticantes, frase em sânscrito que significa "a eterna (perpétua) dharma (lei)"2
Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, a crença na "Alma Universal", Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista.De
acordo com o livro História das Grandes religiões "o hinduísmo é um
estado de espírito, uma atitude mental dentro de seu quadro peculiar,
socialmente dividido, teologicamente sem crença, desprovido de veneração
em conjunto e de formalidades eclesiásticas ou de congregação: e ainda
substitui o nacionalismo"3 Entre as suas raízes está a religião védica da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a "religião mais antiga",4 a "mais antiga tradição viva"5 ou a "mais antiga das principais tradições existentes".6 7 8 É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador.9 Estes tipos, sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal.10 Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
O vasto corpo de escrituras do hinduísmo se divide em shruti ("revelado") e smriti ("lembrado"). Estas escrituras discutem a teologia, filosofia e a mitologia hinduísta, e fornecem informações sobre a prática do dharma (vida religiosa). Entre estes textos os Vedas e os Upanixades possuem a primazia na autoridade, importância e antiguidade. Outras escrituras importantes são os Tantras, os Ágamas, sectários, e os Puranas (AFI: [Purāṇas]), além dos épicos Maabárata (AFI: [Mahābhārata]) e Ramáiana (AFI: [Rāmāyaṇa]). O Bagavadguitá (AFI: [Bhagavad Gītā]), um tratado do Maabárata, narrado pelo deus Críxena (Krishna), costuma ser definido como um sumário dos ensinamentos espirituais dos Vedas.11
Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico,
que é adorado de muitas formas, representado por divindades
individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de práticas que
são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade
que está em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu
Ser.
A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brâman. Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brama (Brahma), Xiva (Shiva) e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente o culto direto aos membros da Trimurti
é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais
específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos
praticantes, como por exemplo Críxena (Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá.
Os hindus cultuam cerca de 330 mil divindades diferentes.12
Hindū é o nome em persa do rio Indo, encontrado pela primeira vez na palavra Hindu (həndu) do persa antigo, correspondente ao sânscrito védico Sindhu.13 O Rigveda chama a terra dos indo-arianos como Sapta Sindhu (a terra dos sete rios no noroeste da Ásia Meridional, um deles o Indo), que corresponde ao Hapta Həndu no Avesta (Vendidad or Videvdad, 1.18), escritura sagrada do zoroastrianismo. O termo foi utilizado para designar aqueles que viviam no subcontinente indiano, ou para além do "Sindhu".14
O termo persa (persa médio Hindūk, persa moderno Hindū) entrou na Índia pelo Sultanato de Délhi e aparece nos textos do sul da Índia, bem como da Caxemira, a partir de 1323 d.C,15 e a partir daí é cada vez mais utilizado, especialmente durante o Raj britânico. Desde o fim do século XVIII a palavra passou a ser usada no Ocidente como um termo que abrange a maioria das tradições religiosas, espirituais e culturais do subcontinente, com a exceção do sikhismo, budismo e jainismo, religiões distintas.16
Divisões
O hinduísmo pode ser subdividido em diversas correntes principais. Dos seis darshanas ou divisões históricas originais, apenas duas escolas, a vedanta e a ioga, sobrevivem. As principais divisões do hinduísmo hoje em dia são o vixnuísmo, o xivaísmo, o smartismo e shaktismo.
A imensa maioria dos hindus atuais podem ser categorizados sob um
destes quatro grupos, embora ainda existam outros, cujas denominações e
filiações variam imensamente.
Alguns estudiosos dividem as correntes do hinduísmo moderno em seus "tipos":17
- Hinduísmo popular, baseado nas tradições locais e nos cultos das divindades tutelares, praticado em nível mais localizado;
- Hinduísmo dármico ou "moral diária", baseado na noção de carma, na astrologia, nas normas de sociedade como o sistema de castas, os costumes de casamentos.
- Hinduísmo vedanta, especialmente o Advaita (smartismo), baseado nos Upanixades e nos Puranas;
- Bhakti, ou "devocionalismo", especialmente o vixnuísmo;
- Hinduísmo bramânico védico, tal como é praticado pelos brâmanes tradicionalistas, especialmente os shrautins;
- Hinduísmo iogue, baseado especialmente nos Yoga Sutras de Patandjáli. Com os principais templos Hoysaleswara e Khajuraho.
Definições
O hinduísmo não tem um "sistema unificado de crenças, codificado numa declaração de fé ou um credo",18 mas sim é um termo abrangente, que engloba a pluralidade de fenômenos religiosos que se originaram e são baseados nas tradições vêdicas.19 20 21 22
Hindu é originalmente um termo persa, em uso desde os tempos do Sultanato Délhi, e que se referia a qualquer tradição nativa da Índia, em contraste com o islã. Hindu é usado no inglês no sentido de "pagão indiano" desde o século XVII,23 porém a noção do hinduísmo como uma tradição religiosa identificável, qualificando uma das religiões do mundo, surgiu apenas durante o século XIX.
A característica da tolerância compreensiva às diferenças de credo e a
abertura dogmática do hinduísmo o torna difícil de ser definido como
uma religião de acordo com o conceito ocidental tradicional.24 Embora o hinduísmo seja um conceito prático claro para a maior parte de seus seguidores,[carece de fontes]
muitos manifestam algum tipo de problema ao tentar chegar a uma
definição do termo, principalmente devido à ampla gama de tradições e
ideias incorporadas ou cobertas por ele.18 Embora seja descrito como uma religião, o hinduísmo costuma ser definido com mais frequência como uma 'tradição religiosa'.1 É descrito como a mais antiga das religiões mundiais, e mais diversa em tradições religiosas.5 25 26 27
A maior parte das tradições hindus reverenciam um corpo de literatura sagrada ou religiosa, os Vedas,
embora existem exceções; algumas tradições religiosas acreditam que
certos rituais específicos sejam essenciais para a salvação, mas
diversos pontos de vista sobre o assunto podem coexistir. Algumas filosofias hindus postulam uma ontologia teística da criação, sustento e destruição do universo, enquanto outros hindus são ateus. O hinduísmo por vezes é caracterizado pela crença na reencarnação (samsara), determinada pela lei do karma (karma),
e que a salvação é a liberdade deste ciclo de sucessivos nascimentos e
mortes; outras religiões da região, no entanto, como o budismo e o jainismo, também acreditam nisto, mesmo estando fora do escopo do hinduísmo.18 O hinduísmo é visto como a mais complexa de todas as religiões históricas vivas do mundo,28
porém a despeito desta complexidade é não apenas numericamente a maior
delas, como também a mais antiga tradição em existência na Terra, com raízes que se estendem até a pré-história.29
Uma definição do hinduísmo dada pelo primeiro vice-presidente da Índia, o reputado teólogo Sarvepalli Radhakrishnan, diz que ele não é "apenas uma fé", mas que, por estar ele próprio relacionado à união da razão e intuição, não pode ser definido, apenas experimentado.30
De maneira similar, alguns acadêmicos sugerem que o hinduísmo pode ser
visto como uma categoria com seus limites pouco definidos, e não uma
entidade rígida e bem-definida. Algumas formas de expressão religiosa
são centrais ao hinduísmo, enquanto outras não são tão centrais, porém
ainda enquadram-se dentro da categoria; com base nisto desenvolveram-se
algumas teorias acerca da definição do hinduísmo, como a 'teoria dos
protótipos'.31
Os problemas com uma única definição do que realmente se quer dizer
pelo termo 'hinduísmo' frequentemente são atribuídas ao fato de que o
hinduísmo não tem um fundador histórico único ou comum. O hinduísmo ou,
como alguns dizem, 'hinduísmos', não tem um sistema único de salvação, e
apresenta diferentes metas de acordo com a seita ou denominação. As
formas da religião vêdica
são vistos não como uma alternativa ao hinduísmo, mas como a sua forma
mais antiga, e praticamente não há justificativa para as divisões
estabelecidas pela maior parte dos acadêmicos ocidentais entre o vedismo, o bramanismo e o próprio hinduísmo.32
Uma possível definição de hinduísmo é ainda mais complicada pelo uso frequente do termo "fé" como sinônimo para "religião".18 Alguns acadêmicos33 e diversos praticantes se referem ao hinduísmo com uma definição nativa, como 'Sanātana Dharma', uma frase em sânscrito que significa "a eterna lei" ou "eterno caminho".2 34
Crenças
O hinduísmo é uma corrente religiosa que evoluiu organicamente através dum grande território marcado por uma diversidade étnica e cultural
significativa. Esta corrente evoluiu tanto através da inovação interior
quanto pela assimilação de tradições ou cultos externos ao próprio
hinduísmo. O resultado foi uma variedade enorme de tradições religiosas,
que vai de cultos pequenos e pouco sofisticados os principais
movimentos da religião, que contam com milhões de aderentes espalhados
por todo o subcontinente indiano e outras regiões do mundo. A
identificação do hinduísmo como uma religião independente, separada do budismo e do jainismo, depende muitas vezes da afirmação dos próprios fiéis de que ela o é.35
Temas proeminentes nas (porém não restritos às) crenças hinduístas incluem o darma (dharma, ética hindu), samsara (samsāra, o contínuo ciclo do nascimento, morte e renascimento), carma (karma, ação e consequente reação), mocsa (moksha, libertação do samsara), e as diversas iogas (caminhos ou práticas).
Conceito de Deus
Ver artigo principal: Deus no hinduísmo
O hinduísmo é um sistema diversificado de pensamento, com crenças que abrangem o monoteísmo, politeísmo,36 panenteísmo, panteísmo, monismo e ateísmo,
e o seu conceito de Deus é complexo, e está vinculado a cada uma das
suas tradições e filosofias. Por vezes é tido como uma religião henoteísta
(isto é, que envolve a devoção a um único deus, embora aceite a
existência de outros), porém o termo é visto, da mesma maneira que os
outros, como uma generalização excessiva.37
A maior parte dos hindus acredita que o espírito ou a alma - o "eu" verdadeiro de cada pessoa, chamado de ātman — é eterno.38 De acordo com as teologias monistas/panteístas do hinduísmo (tais como a escola Advaita Vedanta), este Atman não pode ser distinguido, em última instância, do Brâman, o espírito supremo; estas escolas são, portanto, chamadas de não-dualistas.39 A meta da vida, de acordo com a escola Advaita, é chegar à conclusão que o seu ātman é idêntico ao Brâman, a alma suprema.40 Os Upanixades afirmam que quem que tome consciência do ātman como o âmago de si próprio estabelece uma identidade com Brâman, atingindo assim o moksha ("liberação" ou "liberdade").38 41
Escolas dualísticas (Ver Dvaita e Bhakti) compreendem Brâman como um Ser Supremo que possui personalidade, e o/a veneram como Vishnu, Brahma, shiva ou Shakti, dependendo da seita. O ātman é dependente de Deus, enquanto o moksha depende do amor a Deus e da graça de Deus.42 Quando Deus é visto como um ser supremo pessoal (em lugar do princípio infinito), Deus é chamado de Ishvara ("O Senhor"43 ), Bhagavan ("O Auspicioso"43 ) ou Parameshwara ("O Senhor Supremo"43 ).39 As interpretações de Ishvara variam, no entanto, da não-crença no Ishvara dos seguidores do Mimamsakas, até a sua identificação com Brâman, pelo Advaita.39 Na maior parte das tradições do vishnuísmo Deus é Vishnu, e o texto das escrituras desta denominação identifica este Ser como Krishna, por vezes chamado de svayam bhagavan. Também existem escolas, como o Samkhya, que têm tendências ateias.44
Devas e avatares
As escrituras hindus se referem a entidades celestiais chamadas devas (ou devī, na sua forma feminina; devatā é usado como sinônimo de Deva em hindi), "os brilhantes", que pode ser traduzido como "deuses" ou "seres celestiais".45 Os devas são uma parte integrante da cultura hindu, e foram retratados na sua arte, arquitetura, e através de ícones, e histórias mitológicas sobre eles foram relatadas nas escrituras da religião, particularmente na poesia épica indiana e nos Puranas. Frequentemente são, no entanto, dissociados de Ishvara, um deus pessoal supremo que muitos hindus veneram de uma forma particular, como seu iṣṭa devatā, ou "ideal escolhido".46 47 A escolha é uma questão de preferência individual48 e tradições regionais e familiares.48
Os épicos hindus e os Puranas relatam diversos episódios da descida de Deus à Terra em sua forma corpórea para restaurar o dharma da sociedade e guiar os humanos ao moksha. Tal encarnação é chamada de avatar. Os avatares mais são os de Vishnu, e incluem Rama (protagonista do Ramáyana) e Krishna (figura central do épico Mahabárata).
Karma e samsara
Ver artigo principal: Karma
Karma pode ser traduzido literalmente como "ação", "obra" ou "feito"49 e pode ser descrito como a "lei moral de causa e efeito".50 De acordo com os Upanixades um indivíduo, conhecido como o jiva-atma, desenvolve samskaras (impressões) a partir das ações, sejam elas físicas ou mentais. O linga sharira,
um corpo mais sutil que o físico, porém menos sutil que a alma,
armazena as impressões, e lhes carrega à vida seguinte, estabelecendo
uma trajetória única para o indivíduo.51 Assim, o conceito de um carma infalível, neutro e universal, relaciona-se intrinsecamente à reencarnação, assim como à personalidade, característica e família de cada um. O carma une os conceitos de livre-arbítrio e destino.
O ciclo de ação, reação, nascimento, morte e renascimento é um contínuo, chamado de samsara. A noção de reencarnação e carma é uma premissa forte do pensamento hindu. O Bagavadguitá afirma que:
“ | Assim como uma pessoa veste roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em novos corpos materiais, abandonando os antigos. (B.G. 2:22)52 | ” |
A samsara dá prazeres efêmeros, que levam as pessoas a
desejarem o renascimento para gozar dos prazeres de um corpo perecível.
No entanto, acredita-se que escapar do mundo da samsara através do moksha assegura felicidade e paz duradouras.53 54 Acredita-se que depois de diversas reencarnações um atman eventualmente procura a união com o espírito cósmico (Brâman/Paramatman).
A meta final da vida, referida como moksha, nirvana ou samādhi,
é compreendida de diversas maneiras diferentes: como uma realização da
união de alguém com Deus; como a realização da relação eterna de alguém
com Deus; realização da unidade de toda a existência; abnegação total e
conhecimento perfeito do próprio Eu; como o alcance de uma paz mental
perfeita; e como o desprendimento dos desejos mundanos. Tal realização
libera o indivíduo da samsara e termina com o ciclo de renascimentos.55 56
A conceitualização do moksha difere entre as várias escolas de pensamento hindu. O Advaita Vedanta, por exemplo, sustenta que após alcançar o moksha um atman
não mais identifica a si próprio como um indivíduo, mas sim como sendo
idêntico a Brâman em todos os aspectos. Os seguidores das escolas Dvaita (dualísticas) se identificam como parte de Brâman, e, após atingir o moksha, esperam passar a eternidade num loka (céu),57 na companhia de sua forma escolhida de Ishvara. Assim, diz-se os seguidores do Dvaita desejam "provar o açúcar", enquanto os seguidores do Advaita querem "se tornar açúcar".58
Objetivos da vida humana
Ver artigo principal: Purusharthas
O pensamento hindu clássico aceita os seguintes objetivos da vida humana, conhecidos como os puruṣārthas ou "quatro objetivos da vida": dharma "retidão", "ethikos", artha "sustento", "riqueza", kāma "prazer sensual", mokṣa "liberação", "liberdade" [do samsara]".59 60
No Hinduísmo, acredita-se que todos os homens seguem o kama e o artha, mas brevemente, com maturidade, eles aprendem a controlar estes desejos com o dharma, ou a harmonia moral presente em toda a natureza. O objetivo maior seria o infinito, cujo resultado é a absoluta felicidade, moksha, ou liberação (também conhecida como mukti, samadhi, nirvana, etc.) do samsara, o ciclo da vida, morte, e da existência dual.
Ioga
Ver artigo principal: Ioga
Qualquer que seja a maneira na qual o hindu defina a meta de sua vida, existem diversos métodos (yôgas) que os sábios ensinaram para se atingir aquela meta. Textos dedicados ao ioga incluem o Bagavadgitá (Bhagavad Gita), os Yôga Sutras, o Hatha Yôga Pradipika, a Gheranda Samhita, entre outros, e, como sua base filosófico-histórica, os Upanixades. Os caminhos que um indivíduo pode seguir para atingir a meta espiritual da vida (moksha ou samadhi) incluem, entre outros:
- Bhakti Yoga (o caminho do amor e da devoção)
- Karma Yoga (o caminho da ação correta)
- Raja Yoga (o caminho da meditação)
- Jnana Yoga (o caminho da sabedoria)61
- Raja Yoga (o caminho da união real)
Um indivíduo pode preferir um ou alguns iogas sobre os outros, de
acordo com a sua inclinação e entendimento. Algumas escolas devocionais
ensinam que o bhakti é, para a maior parte das pessoas, a único
caminho prático para se alcançar a perfeição espiritual, com base em sua
crença de que o mundo atualmente estaria no Kali Yuga (uma das quatro épocas que formam o ciclo Yuga).62
A prática de um yoga não exclui as outras, e muitos estudiosos
acreditam que os diferentes yogas se misturam naturalmente e auxiliam na
prática das outros yogas. Por exemplo, acredita-se que a prática da
Jñana Yoga inevitavelmente leve ao amor puro (a meta do bacti-ioga), e
vice-versa.63
Alguém que pratica a meditação profunda (como no raja-ioga) deve
incorporar os princípios centrais do karma-ioga, do jnana-ioga e do
bacti-ioga, seja direta ou indiretamente.61 64
Práticas
As práticas hinduístas geralmente envolvem a procura da consciência de Deus, e por vezes também a procura de bençãos dos devas.
Assim, o hinduísmo desenvolveu muitas destas práticas como forma de
ajudar o indivíduo a pensar na divindade em meio à vida cotidiana. Os
hindus podem praticar a pūjā (culto ou veneração)43
tanto em casa como num templo. Em seus próprios lares os hindus
frequentemente costumam criar um altar, com ícones dedicados às suas
formas escolhidas de Deus. Os templos costumam ser dedicados a uma
divindade primária e às divindades subordinadas que lhe são associadas,
embora alguns templos sejam dedicados a mais de uma divindade. A visita a
templos não é obrigatória,65 e muitos os visitam apenas durante os festivais religiosos. Os hindus realizam seu culto através dos murtis, ícones; o ícone serve como uma ligação tangível entre o fiel e Deus.66 A imagem costuma ser considerada uma manifestação de Deus, já que Ele é imanente. O Padma Purana afirma que o mūrti não deve ser visto como apenas pedra ou madeira, mas sim como uma forma manifesta da Divindade.67 Algumas seitas hindus, como o Ārya Samāj, não acreditam em venerar Deus através de ícones.
O hinduísmo possui um sistema desenvolvido de simbolismo e iconografia para representar o sagrado na arte, arquitetura, literatura e em seu culto. Estes símbolos ganham seu significado das escrituras, mitologia ou tradições culturais. A sílaba Om (que representa o Parabrahman) e o sinal da suástica (que simboliza auspiciosidade) acabaram passando a representar o próprio hinduísmo, enquanto outros símbolos, como a tilaka,
identificam um seguidor da fé. O hinduísmo ainda apresenta diversos
símbolos que são costumeiramente associados a divindades específicas,
como o lótus, chakra e veena.
Os mantras
são invocações, louvores e orações que, através de seu significado, som
e estilo de canto, ajudam um devoto a focar a sua mente nos pensamentos
sagrados ou exprimir devoção a Deus ou às divindades. Muitos devotos
realizam abluções matinais às margens de um rio sagrado, enquanto cantam
o Gayatri Mantra ou os mantras Mahamrityunjaya. O poema épico Maabárata exalta o japa (canto ritualístico) como o maior dever durante o Kali Yuga (que os hindus acreditam ser a era presente), e muitos adotam o japa como sua prática espiritual primordial.[carece de fontes]
Rituais
A imensa maioria dos hindus praticam rituais religiosos diariamente,68
porém a observância destes rituais varia enormemente de acordo com as
regiões, cidades ou aldeias e indivíduos. A maior parte dos hindus segue
estes rituais religiosos em seus lares.69
Os hindus mais devotos também executam tarefas diárias, como venerar
durante a alvorada, depois de se banhar (normalmente num santuário
familiar, num ritual que também envolve o acendimento de uma lâmpada e a
colocação de oferendas de alimentos diante de imagens das divindades),
recitar os escritos religiosos, cantar hinos devocionais, meditar, cantar mantras, entre outros.69
Um fator de destaque nos rituais religiosos é a divisão entre o puro e o
impuro (ou poluído). Atos religiosos pressupõem algum grau de impureza
ou poluição para o seu praticamente, que devem ser anulados ou
neutralizados antes ou durante o decorrer do ritual. A purificação,
feita geralmente com água, é portanto um aspecto típico da maior parte dos atos religiosos do hinduísmo.69
Outras características incluem a crença na eficácia do sacrifício e do
conceito de mérito, ganho através da realização da caridade ou de bons
atos, que acumulam com o tempo e reduzem o sofrimento no próximo mundo.69 Os ritos védicos da oblação pelo fogo (yajna)
são atualmente apenas práticas ocasionais, embora sejam altamente
reverenciadas na teoria. Nas cerimônias de casamentos e funerais hindus,
no entanto, o yajña e o entoamento de mantras védicos ainda são a norma.70 Os rituais, upacharas, mudam com o tempo; por exemplo, nas últimas centenas de anos alguns rituais, como as danças sagradas e as oferendas musicais nos tradicionais conjuntos de Upacharas Sodasa, recomendados pelo Agama Shastra, foram substituídos por oferendas de arroz e doces.
Ocasiões como nascimentos, casamentos e mortes envolvem o que são
frequentemente conjuntos elaborados de costumes religiosos. No
hinduísmo, os rituais que tratam do ciclo da vida incluem o Annaprashan (a primeira ingestão de comida sólida por um bebê), Upanayanam ("cerimônia do fio sagrado" pela qual passam as crianças de castas elevadas em sua iniciação na educação formal) e Shraadh (ritual de conceder banquetes em nome dos falecidos).71 72
Para a maior parte das pessoas na Índia, o noivado de um jovem casal e a
data e hora exatas do casamento são questões decididas pelos pais, em
consultas com astrólogos.71 Na morte, a cremação, que é considerada obrigatória para todos, com a exceção de sanyasis, hijra e crianças abaixo de cinco anos,[carece de fontes] costuma ser executada envolvendo-se o corpo em algum tecido e queimando-o sobre uma pira.
Judaísmo
Introdução
O
judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na
história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador
de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles
se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida.
Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no
estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes.
Conhecendo
a história do povo judeu
A
Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com
as escrituras sagradas, por volta de 1800 a.C, Abraão recebeu uma sinal de Deus
para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual Palestina). Isaque,
filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta , num certo dia, com um
anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão
origem as doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 AC, o povo
judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por
aproximadamente 400 anos. A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300
AC. A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez
Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam peregrinando pelo deserto,
até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
Jerusalém
é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão,
filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de
Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias
que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o
mundo.
Em 721 a.C começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e
deporta grande parte da população judaica.
No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém.
No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda
diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo mundo,
mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo judeu retoma o caráter de
unidade após a criação do estado de Israel.
Os livros sagrados dos judeus
A
Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que
foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o
Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas
tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e
Comentários.
Rituais
e símbolos judaicos
Os
cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados
por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o
memorá, candelabro com sete braços.
Memorá : candelabro sagrado
Entre
os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos ( aos 8 dias de vida ) e o
Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat
Mitzvah para as meninas ( aos 12 anos de idade ).
Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus
no momento das orações.
Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo
Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
As
Festas Judaicas
As
datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário
lunisolar. As principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo
rei persa Assucro.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 a.C.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 a.C.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
Espiritismo
Nota: Para informações sobre outros significados atribuídos a esse termo, veja Espiritismo (termo).
Doutrina espírita, Espiritismo ou Kardecismo,1 2 é a doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. Esta é baseada em cinco obras básicas,
escritas por ele, através da observação de fenômenos que o mesmo
atribuía a manifestações de inteligências incorpóreas ou imateriais,
denominadas espíritos. A codificação espírita está presente em: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. O termo Espiritismo foi cunhado por Kardec em 18573 4 5 para definir especificamente o corpo de ideias por ele reunidas e codificadas no "O Livro dos Espíritos".6
Refere-se a uma doutrina que trata da "natureza, origem e destino dos
espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal e as
consequências morais que dela dimanam",7 e fundamenta-se nas manifestações e nos ensinamentos dos espíritos.8
Também é compreendido como uma doutrina de cunho
científico-filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do
homem, que acredita na possibilidade de comunicação com os espíritos
através de médiuns.9 Na publicação do livro O que é o Espiritismo,
o codificador a define como "uma ciência que trata da natureza, da
origem e da destinação dos espíritos, e das suas relações com o mundo
corporal"10 .
Embora o espiritismo tenha importado, a fim de estruturar de seu corpo de conhecimento, muito da metodologia científica,
mostra-se importante ressaltar que ele desenvolve-se sobre princípios
que transcendem os rigores dessa metodologia, de forma que vários dos
resultados e fenômenos dentro do espiritismo entendidos como válidos
perante sua metodologia própria não se sustentam frente à metodologia
científica - essa estabelecida com base e princípios certamente mais
rigorosos e restritivos. Quando o termo ciência é usado com acepção estrita (acadêmica), tais extrapolações ao método cientifico, embora internamente úteis ao validarem vários preceitos da doutrina, impedem a classificação do espiritismo como ciência;
e essa doutrina não constitui cadeira científica, mesmo compartilhando
com a ciência de outrora o estudo de vários fenômenos, e nela
encontrando-se por vezes referências frequentes a vários cientistas de
renome. O termo ciência a vigorar junto ao espiritismo caracteriza-se
por acepção lata e não estrita na grande maioria dos casos, sobretudo na
atualidade. O espiritismo pode ser visto como uma doutrina estabelecida
mediante a fusão da ciência, filosofia e religião,
buscando a melhor compreensão não apenas do universo tangível
(científico) mas também do universo a esse transcendente (religião).10 Cientistas renomados empenharam-se nos estudos sobre a comunicação com entidades incorpóreas, entre eles: Alfred Russel Wallace, Alexandre Aksakof, Amit Goswami, Augustus De Morgan, Brian Weiss, Camille Flammarion, Carl Jung, Cesare Lombroso, Charles Richet, Charles Tart, Ernesto Bozzano, Frederic Myers, Hermani G. Andrade, Ian Stevenson, J.K Friedrich Zöllner, J.B. Rhine, Oliver Lodge, Raymond Moody, Roger Penrose, William Crookes e William James.11 12 13
. Contudo, embora constituindo em princípio uma questão científica
plenamente válida, e embora muito explorada nos primórdios de nossa
ciência atual, a existência de espíritos ainda transcende todos os
paradigmas científicos atualmente estabelecidos; e a existência de
espíritos não encontra-se estabelecida, ao menos perante os rigores da
metodologia científica moderna.
Aparte os rigores científicos, a doutrina muito tem se expandido, e hoje conta com cerca de 15 milhões de adeptos14 em diversos países, como, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica,15 Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá16
, e, principalmente, alguns países americanos como Cuba, Jamaica e
Brasil, este, tendo uma das maiores proporções, com um considerável
número de seguidores em sua população.17 Alguns nomes são tidos como continuadores da doutrina, e de fundamental importância para sua expansão, entre eles: Arthur Conan Doyle, Alexandre Aksakof, Amalia Domingo Soler, Bezerra de Menezes, Brian Weiss, Camille Flammarion, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Gustave Geley, Herculano Pires, Hernani G. Andrade, Hermínio C. Miranda, Léon Denis, Raul Teixeira, Yvonne Pereira, Waldo Vieira18 e William Crookes.19
Confucionismo
O Confucionismo é a ideologia religiosa e sociopolítica de Koung Fou Tseu, que tem seu nome grafado em língua latina como Confúcio. Entre os princípios do Confucionismo, o principal é conhecido pelos povos orientais como junchaio, que são considerados os ensinamentos dos sábios. Este princípio é o que define o Tao (caminho superior), uma maneira de ter uma vida equilibrada, satisfazendo as vontades do céu e da terra.
Além de filósofo, Confúcio também foi um mantra para seu povo. Nele,
as pessoas buscavam um modelo de comportamento e respostas para seus
anseios. A filosofia do pensador chinês fazia uma fusão com outros
cultos religiosos da antiguidade chinesa, inclusive os que lidam com
deuses e imortais, fazendo nascer uma forma de sincretismo de religiões.
A doutrina do Confucionismo durou na China aproximadamente dois mil
anos, indo do século II ao século XX com milhões de adeptos. Além da
forte presença na China a religião de Confúcio também tem diversos
adeptos no Japão, Cingapura e Coréia do Sul.
As ideias pregadas no Confucionismo são bastante diferentes das
encontradas nas religiões tradicionais do Ocidente. Na filosofia de
Confúcio não há um Deus, uma unidade criadora e muito menos templos ou
igrejas.
Sua doutrina fundamenta-se na busca pelo Tao, a harmonia da vida e do mundo. Para atingir o Tao, o Confucionismo coloca a família como base de uma sociedade
em que todos os seres humanos vivem em harmonia. Esta família começa
nos governantes, que devem amar o povo como verdadeiros pais, e termina
nos súditos, que tem o dever de ser obedientes e humildes como filhos.
Outra das características presentes no Confucionismo é o culto aos
antepassados. Para Confúcio, os seres humanos são formados por quatro
dimensões:
- O Eu
- A Comunidade
- A Natureza
- O Céu
Além disso, prega que os seres humanos tem que possuir cinco virtudes essenciais que são:
- Amar o próximo
- Ser justo
- Ter comportamento adequado
- Ter consciência da vontade dos céus
- Cultivar a sabedoria e a sinceridade
Compiladas em cinco obras, as ideias de Confúcio e suas doutrinas
podem ser encontradas nos livros que são denominados Os Cinco Clássicos:
Shu Ching; Shih Ching; Li Ching; Chun-Chiu e o I Ching.
Entre os diversos ritos tradicionais do confucionismo estão
reverência e culto aos antepassados e oferendas aos mortos. Na parte da
família, o casamento é valorizado como uma forma de continuação da tradição.
Adventista
Igreja Adventista do Sétimo Dia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Igreja adventista do sétimo dia)
Igreja Adventista do Sétimo Dia | |
---|---|
Logomarca da Igreja Adventista | |
Orientação | Cristã, Protestante, Adventista |
Fundador | Ellen White Tiago White Joseph Bates John Andrews |
Origem | 21 de maio de 1863 |
Sede | Silver Spring, Maryland, Estados Unidos |
Número de membros | 17.214.683 membros 1 |
Número de igrejas | 71.048 igrejas organizadas e 65.553 grupos organizados1 |
Países em que atua | Internacional; mas principalmente nas Américas; África e Ásia; presente em 209 países dos 232 reconhecidos pela ONU.1 |
A Igreja Adventista do Sétimo Dia2 3 é uma denominação cristã4 5 protestante6 que se distingue pela observância do sábado7 , o sétimo dia da semana judaico-cristã (sabbath) e por sua ênfase na iminente segunda vinda de Jesus Cristo.8 A igreja surgiu a partir do Movimento Milerita nos Estados Unidos, durante a primeira metade do século XIX, sendo formalmente criada em 1863.9 Entre seus pioneiros está Ellen White10 , cujos escritos são tidos pelos adventistas como inspirados por Deus.11
Grande parte da teologia dos Adventistas do Sétimo Dia corresponde aos ensinamentos protestantes tradicionais como a Trindade12 13 14 a Infalibilidade bíblica15 , a justificação pela fé16 , a salvação por meio da graça apenas 16 , o nascimento virginal de Jesus, Seu sacrifício substituto na cruz, Sua ressurreição, ascensão e segunda vinda e o batismo por imersão. Os Adventistas também possuem ensinamentos distintos de outras denominações protestantes como o estado inconsciente dos mortos e a doutrina de um juízo investigativo
ocorrendo atualmente no céu. A igreja também é conhecida por sua ênfase
na alimentação salutar e na mensagem de saúde, por sua compreensão
indivisível entre corpo, mente e alma, pela promoção dos princípios
morais e pelo estilo de vida conservador17 .
Em maio de 2007, os adventistas eram o décimo segundo maior corpo religioso do mundo 18 e o sexto maior movimento religioso internacional 18 . A Igreja Adventista do Sétimo Dia também é a oitava maior organização internacional de cristãos do planeta.19 No mundo, os Adventistas são regidos por uma Conferência Geral,
com pequenas regiões administradas por Divisões, Uniões, Associações e
Missões locais. Possui atualmente cerca de 17 milhões de membros20 , está presente em mais de 200 países e territórios e é etnicamente e culturalmente diversificada 1 . No Brasil existem cerca de 1,6 milhões de membros1 .
A igreja age por meio de numerosas escolas, universidades, hospitais, clínicas médicas móveis, programas e canais de televisão,
abrigos, orfanatos, asilos, fábricas de alimentos naturais e editoras
em todo o mundo, bem como uma proeminente organização de ajuda
humanitária conhecida como Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).21
Índice[esconder] |
História
Ver artigo principal: História da Igreja Adventista do Sétimo Dia
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é a maior dos vários grupos Adventistas que surgiram a partir do Movimento Millerita, no Segundo Grande Despertamento dos anos 184022 23 . Nessa ocasião, muitos americanos saíram do deísmo secular para o Cristianismo24 , inclusive o fundador do movimento: Guilherme Miller. Membro da Igreja Batista25 , Miller concluiu que Jesus Cristo retornaria à Terra em 22 de outubro de 184426 , baseado em Daniel 8:14-16 e no princípio dia-ano27
, conforme observado em Levítico 25:8; Números 14:34; Ezequiel 4:4-6.
Como a interpretação relativa à vinda de Cristo não aconteceu na data
prevista, houve o chamado Grande Desapontamento e a maioria de seus seguidores acabou voltando às suas igrejas de origem28 .
Alguns Milleritas chegaram a acreditar que os cálculos de Miller foram corretos, mas que a sua interpretação de Daniel 8:14-16 tinha sido equivocada29 . Esses adventistas chegaram à conclusão de que Daniel 8:14-16 predizia o início da obra de Cristo no Lugar Santíssimo do Santuário Celestial ( Hebreus 8:1-7 ) - onde Cristo já intercedia como advogado da humanidade junto ao Pai - e não a Sua segunda vinda ( Hebreus 9:23-24 ). Ao longo da década seguinte, esse entendimento evoluiu para a doutrina do juízo investigativo30 : um processo escatológico que teve início em 1844
onde os cristãos estão sendo julgados a fim de fazer uma obra de
purificação no Santuário, como acontecia no antigo santuário hebraico,
no Dia da Expiação. Este julgamento vindica a justiça de Deus em salvar
os que crêem em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Os adventistas
do sétimo dia continuam a pregar que a segunda vinda de Cristo é iminente, contudo, desaprovam que se marquem datas para o regresso do Senhor.
[editar] Observância do Sábado
Com o movimento Adventista consolidado, a pergunta sobre qual seria o dia bíblico de repouso e de culto foi levantada31 . O principal proponente da observância do sábado entre os primeiros adventistas foi Joseph Bates. Bates entrou em contato com a doutrina do sábado, através de um folheto escrito pelo pastor Millerita Thomas M. Preble. O pastor Thomas havia sido influenciado por Rachel Oakes Preston, uma jovem da Igreja Batista do Sétimo Dia32 . Esta mensagem foi gradualmente aceita e formou o tema da primeira edição da revista The Present Truth traduzida como Verdade Presente e atualmente conhecida como Adventist Review, ou Revista Adventista que surgiu em julho de 1849. No Brasil, a Revista passou a ser publicada em 190633 .
[editar] Organização e Reconhecimento
Por cerca de 20 anos o movimento adventista era um pequeno grupo
livremente constituído por pessoas que vieram de muitas igrejas, cujo
principal meio de conexão e interação foi através de Tiago White e o periódico The Advent Review and Sabbath Herald34 . Eles abraçaram a doutrina do sábado, a interpretação de Daniel 8:14 sobre o santuário celestial, a imortalidade condicional e a expectativa do retorno de Cristo antes do milênio. As figuras mais proeminentes da fundação da igreja foram Joseph Bates, John Andrews, Urias Smith e Tiago White. Ellen White passou a ocupar um papel de respeito na igreja. Suas muitas visões centradas na Bíblia e a liderança espiritual que ela exerceu convenceram a IASD de que ela possuía o Dom de Profecia.
A igreja foi criada formalmente em Battle Creek, Michigan, no dia 21 de maio de 1863, com uma adesão de 3500 membros. A sede denominacional foi mais tarde mudada de Battle Creek para Takoma Park, Maryland, onde permaneceu até 1989. A sede da Associação Geral, em seguida, mudou-se para sua localização atual em Silver Spring, Maryland.
Até 1870 a igreja teve uma política da "porta fechada" focada nos
veteranos que passaram pela experiência de 1844, vendo-os como um
remanescente salvo 35
. A adesão foi de apenas 5.400 e a igreja se não se abria a novos
membros. Somente a partir de 1870, a denominação voltou-se para o
trabalho missionário e renovou-se, triplicando sua participação para
16.000 em 1880 e estabelecendo sua presença além da América do Norte
durante o final do século XIX, com as missões internacionais de John N.
Andrews na Europa. O rápido crescimento continuou, com 75.000 membros
em 1901. Por essa altura, funcionavam duas faculdades, uma escola de
medicina, algumas dezenas de academias, 27 hospitais e 13 editoras. Em
1945, a igreja informou que tinha 226.000 membros nos EUA e Canadá, e 380.000 em outros lugares. O orçamento foi de US $ 29 milhões e as matrículas em escolas da igreja chegaram a 40.000.
Na Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, realizada em
2010, os relatórios apontaram para um número de cerca de 17 milhões de
adventistas em todo o planeta.
Crenças
Ver artigo principal: Crenças da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Os Adventistas do Sétimo dia aceitam a Bíblia como sua única regra de fé e mantém 28 Crenças Fundamentais36 como sendo o ensino das Escrituras Sagradas. A aceitação dessas 28 crenças é um pré-requisito para a adesão à igreja.37 . Entretanto, essas 28 crenças fundamentais não devem ser lidas ou recebidas como um credo definido e imutável. Os adventistas afirmam ter apenas um credo: A Bíblia e somente a Bíblia.38
As doutrinas adventistas se assemelham à teologia protestante tradicional, com ênfase no Pré-milenismo e no Arminianismo. Os Adventistas também defendem a infalibilidade bíblica (Antigo e Novo Testamentos) e sua inspiração divina; a crença na Trindade em um Único Deus; o nascimento virginal de Jesus Cristo, Seus milagres, Sua expiação substitutiva na cruz, ressurreição, ascensão, e Sua vinda; a ressurreição dos mortos e a justificação pela fé e a gratuidade da salvação
possibilitada por Cristo. Os adventistas creem que o homem é pecador e
necessita da graça de Cristo para chegar à salvação. Essas crenças fazem
da Igreja Adventista uma denominação de características ortodoxas e
protestante39 .
A Igreja Adventista do Sétimo Dia possui outras crenças em comum com outras Igrejas cristãs como, a prática do batismo por imersão, a cerimônia de dedicação de crianças (visto que não pratica o batismo infantil), as cerimônias da Santa Ceia e do Casamento e a crença nos dons espirituais. Também creem que toda a humanidade está envolvida no Grande Conflito cósmico entre Cristo e Satanás,
no qual nenhum ser humano pode ficar neutro. Ademais, creem na
liberdade de escolha individual na questão da salvação, como também
creem na criação em seis dias literais, conforme relatado no livro de Gênesis 1-3. De fato, o movimento criacionista moderno começou com o adventista George McCready Price, que teria sido inspirado numa visão de Ellen White).40
Afora isso, há um conjunto de doutrinas que distingue os adventistas
de outras denominações cristãs, o que faz alguns os observarem como
"heterodoxos", apesar de nem todos estes ensinamentos serem totalmente
exclusivos dos adventistas:
Lei (crença 19) – Os grandes princípios da lei de Deus estão incorporados nos Dez Mandamentos dados no Sinai. A chamada Lei Moral é eterna, possuindo assim validade ainda hoje para os cristãos;
Sábado (crença 20) - O Sábado deve ser observado no sétimo dia
da semana, assim como diz em Êxodo 20:8, a partir de sexta-feira do pôr
do sol até o por do sol do sábado;
Segunda Vinda e o Tempo do Fim (crenças 25 a 28) - Jesus Cristo voltará visivelmente 'a Terra depois do “tempo de angústia",
durante o qual o sábado será um teste de fidelidade. A segunda vinda
será seguida por um reinado milenar dos santos no céu. A escatologia adventista baseia-se no método historicista de interpretação profética;
Holística da natureza humana (crenças 7 e 26) - O homem é uma unidade indivisível. Não possui uma alma imortal, mas se tornou alma vivente após receber o sopro de vida (ou espírito) de Deus. A morte é um sono inconsciente, vulgarmente conhecido como sono da morte.
Imortalidade condicional (crença 27) - Os ímpios sofrerão tormento por tempo indeterminado mas não eterno. O Aniquilacionismo é o seu destino, mas não sofrerão o tormento eterno no inferno;
O Grande Conflito (crença 8) - A humanidade está envolvida em uma "grande controvérsia" entre Cristo e Satanás, a qual começou no céu quando um ser angelical (Lucifer) se rebelou contra Deus e Seu governo. Foi expulso do Céu e caiu na Terra perfeita (Éden),
onde enganou Adão e Eva por meio do fruto proibido, e começou a dominar
o planeta, que agora estava imperfeito por causa do pecado.
Santuário Celestial (crença 24) - Em 1844, como Sumo Sacerdote, Cristo iniciou o processo de purificação do santuário celestial, em cumprimento ao Dia da Expiação;
Juízo Investigativo (crença 24) – O julgamento dos professos
cristãos começou em 1844, onde os livros de registro são examinados para
todo o universo ver. O juízo investigativo vai afirmar quem irá receber
a salvação, e reivindicar a justiça de Deus perante a humanidade;
Remanescente (crença 13) – Haverá no fim dos tempos um
remanescente que guarda os mandamentos de Deus e tem o "testemunho de
Jesus" (Apocalipse 12:17). Este remanescente anunciará a "Mensagem dos
três anjos" de Apocalipse 14:6-12 para o mundo.
Espírito de Profecia (crença 18) - O Ministério de Ellen G. White é frequentemente chamado de Espírito de Profecia.
Segundo a igreja, seus escritos são considerados uma contínua e
autorizada fonte de verdade e proporcionam orientação, instrução e
correção, embora esteja sujeito à Bíblia, a única e mais alta autoridade escriturística de fé e prática.41
[editar] Relação Igreja versus Estado
Os Adventistas do Sétimo Dia apoiam enfaticamente a separação Igreja-Estado. A Igreja possui o Departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa que incentiva, onde for possível, a necessidade de um Estado laico. os Adventistas também acreditam que a liberdade religiosa é um direito humano básico.42
Por isso, a igreja tem sido ativa por mais de 100 anos em defender a
liberdade de religião das pessoas indepente de sua fé. Em 1893 os
líderes adventistas fundaram a International Religious Liberty
Association (Associação Internacional da Liberdade Religiosa)43 , que é universal e não sectária. O Seventh-day Adventist Church State Council
(Conselho de Estado da IASD) serve para proteger os grupos religiosos
da legislação que possam afetar suas práticas religiosas. Os Adventistas
promovem em todo o mundo simpósios nesse assunto. Nos Estados Unidos
publicam uma revista especializada em liberdade religiosa, chamada
Liberty.
Situação de não-combatentes
Por definição, os adventistas rejeitam o porte de armas e atividades
onde tenham que portar armas. No entanto, aceitam e se voluntariam para
atividades assistenciais em caso de guerra e de saúde. Durante a segunda guerra mundial, vários adventistas alemães foram executados[carece de fontes]
em campos de concentração ou mandados para manicômios por se recusarem a
portar armas e trabalharem para o regime nazista de Adolf Hitler.
[editar] Papel da mulher na organização eclesiástica
A Ordenação de mulheres para o Ministério é ativamente debatida dentro da Igreja Adventista. O papel especial de Ellen G. White dentro da denominação mostra a importância e contribuição das mulheres para o desenvolvimento da igreja, segundo visão geral.
No entanto, embora Ellen White tenha tido um papel ativo dentro do
Adventismo, existe uma forte resistência na liderança da denominação a
fim de ordenar mulheres para serem pastoras. Durantes as Assembleias da
Associação Geral de 1990 e 1995, os Adventistas debateram a ordenação
das mulheres. Em ambas ocasiões, a igreja decidiu não ordená-las[carece de fontes].
Na 59.ª conferência geral realizado em Atlanta em julho de 2010[carece de fontes],
não foi levado em ata o debate em relação ao ordenamento de mulheres no
serviço eclesiástico. No entanto um grupo de ativistas formado por 3
mulheres colocaram uma faixa durante 8 minutos na arena principal onde
ocorria a reunião em protesto. A faixa continha citações de Ellen White
contra a não aceitação por parte da Assossiação Mundial de ordenar
mulheres ao cargo de pastoras a nível mundial uma vez que é aceito tal
ato na China. Depois de alguns líderes pacificamente pedir a retirada da
faixa,o grupo abandonou a arena.
Somente na China, onde a ordenação é uma função tanto da autoridade adventista regional quanto do Movimento Patriótico das Três Auto-Suficiências, pastoras adventistas são oficialmente ordenadas[carece de fontes].
O presidente da União Central Africana da IASD, Allah-Ridy Kone,
apelou a "unidade na Igreja" e alegou não haver base bíblica para a
ordenação de mulheres. O arquivista da igreja, Bert Haloviak, argumentou
que Ellen G. White interpretou Isaías 61:6 -- "Mas vós sereis chamados
sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus" -- como
aplicando-se igualmente a mulheres e homens. O historiador da Igreja
Adventista, George Knight, é outro forte defensor da ordenação das mulheres adventistas para o ministério[carece de fontes].
Localmente a participação da mulher na IASD é intensa em vários
segmentos e aprovada pela Associação Geral. Um dos vice-presidentes
escolhidos na última Conferência Geral (2005) é uma mulher[carece de fontes].
No entanto, o cargo de presidente da Associação Geral é exclusivo a um
pastor ordenado, o que, no momento exclui as mulheres adventistas da
possibilidade deste cargo.
Tensões Teológicas
Como acontece com qualquer movimento religioso, as tensões teológicas existentes dentro do adventismo
é comparável, por exemplo, as tensões entre o
fundamentalismo-conservador e o liberalismo-moderado. Uma variedade de
grupos, movimentos ou subculturas dentro da igreja apresentam pontos de
vista diferentes sobre as crenças e o estilo de vida adventista.
O lado conservador
da teologia adventista é representado pelos Adventistas Históricos.
Eles são caracterizados pela sua oposição às tendências teológicas
dentro da denominação que se iniciaram na década de 1950. Eles tendem a ver a teologia adventista moderna como sendo compromissada com os evangélicos. Por isso, procuram defender os ensinamentos mais antigos, como por exemplo a expiação
completa na cruz mas não definida até o fim do juízo investigativo e a
perfeição de caráter que todo indivíduo pode alcancar, assim como Cristo
alcancou somente pela comunhão com ele.44
Os Adventistas históricos são representados, principalmente, por
Adventistas que buscam as raízes teológicas da denominação e a posição
desses membros é promovida através de ministérios independentes[carece de fontes].
Os mais "liberais" da igreja são geralmente conhecidos como Adventistas Progressistas.
Eles tendem a manter uma pespectiva moderna sobre questões controversas
como a inspiração de Ellen White, a doutrina da "Igreja Remanescente " e
o juízo investigativo.44 45 O movimento progressista parece ser o mais forte entre os estudiosos da denominação,46
onde encontra a sua posição em organismos como a Association of
Adventist Forums e em revistas como a Spectrum e a Adventist Today.
Organizações Teológicas
O Biblical Research Institute
é o centro de investigação teológico oficial da igreja. A igreja possui
duas organizações profissionais para os teólogos adventistas que
estejam associados à denominação. A Adventist Society for Religious
Studies foi formada para promover uma comunidade entre os teólogos
adventistas que frequentam o Society of Biblical Literature e os estudiosos da religião que frequentam a American Academy of Religion.
Em 2006 a Instituição foi votada para continuar suas reuniões em
conjunto com a o Society of Biblical Literature . Durante os anos 1980 a
Adventist Theological Society foi criada a fim de proporcionar um fórum
para atender os teólogos mais conservadores. Ela é realizada em
conjunto com a Evangelical Theological Society.
Cultura e Práticas
A Conferência Geral publicou uma visão das práticas adventistas em
todo o mundo. Isso foi feito como uma resposta às perguntas mais
frequentes que os membros da igreja adventista recebiam dos seus amigos.
O artigo é intitulado "Seu Vizinho Adventist Atividades no Sábado
Para manter o sábado como um dia sagrado, os adventistas se abstêm de trabalho desnecessário secular. Eles também evitam formas puramente seculares de lazer, como esportes competitivos e programas de TV não-religiosos. No entanto, passeios em meio à natureza, actividades com a família, obras de caridade e outras actividades que ligadas a Deus e ao meio ambiente, são incentivadas[carece de fontes].
A sexta feira é conhecido como o dia da preparação. Isso porque grande
parte do dia é gasto na preparação para o dia de sábado: vários arrumam a
casa, aprontam refeições, entre outras atividades. No final da tarde,
há geralmente um pequeno culto domestico de boas-vindas do sábado, uma
prática muitas vezes conhecido como "culto do pôr do sol"[carece de fontes].
A escola sabatina começa com a reunião dos professores, vindo logo apos
a divisão de grupos ou classes para o estudo ou recapitulacao da lição
da semana. Há noticias dos campos missionários, colecta de ofertas para
as missões ou despesas da escola sabatina, mensagem musical cantada por
um grupo ou solista, encerramento e enfoque no trabalho missionario,
oração[carece de fontes].
Depois se inicia o Culto de Adoração que é mais solene com seleções
musicais especiais, ofertas e o serviço culmina com a pregação seguida
por apelo de conversão ou renovação de votos de seguir a Cristo com mais
fervor[carece de fontes].
No sábado à tarde as actividades variam, dependendo do contexto
cultural, étnico e social. Em algumas igrejas, membros e visitantes
participam de um almoço, que geralmente, é realizado na própria igreja
ou na residência de algum membro ou família. Em outros lugares, o sábado
à tarde é o dia de visitar doentes e dar estudos bíblicos.[carece de fontes]
Alguns retornam à igreja para o programa JA ou culto jovem. O sábado se
encerra na igreja com bençãos para a nova semana quando há concertos ou
programações vespertinas. Do contrário, famílias e amigos se despedem
do com oracões e cânticos.[carece de fontes]
Serviço de Adoração
O culto principal ocorre no sábado. Geralmente começa com a Escola
Sabatina, onde são estruturados pequenos grupos para uma recapitulação
do que foi estudado em casa durante a semana. A maioria dos adventistas
faz uso da Lição de Escola Sabatina. Essas lições tratam de um
determinado assunto, livro bíblico ou doutrina a cada trimestre. Elas
são preparadas, geralmente, com 3 ou 5 anos de antecedência e tratam do
mesmo assunto, de acordo com a faixa etária, em todas as congregações
adventistas do sétimo dia ao redor do mundo simultâneamente. Existem
também classes especiais fornecidas para crianças e jovens em diferentes
faixas etárias durante a Escola Sabatina, como o Rol do Berço (0 a 2
anos), o Jardim da Infância (3 a 5 anos), o Primário (6 a 9 anos), os
Juvenis (10 a 12 anos), os Adolescentes (13 a 17 anos), os Jovens (18 a
30 anos) e os Adultos (31 anos adiante). Cada classe possui um(a)
professor(a), um(a) professor(a) associado(a) e um(a) secretário(a) que
são responsáveis por sua classe e desenvolvimento dos alunos. Os métodos
pedagógicos utilizados pelos adventistas para elaboração de suas lições
têm proporcionado grande instrução doutrinária à igreja[carece de fontes].
A Escola Sabatina é diversa e as congregações são livres para
organizá-las de acordo com suas necessidades locais, todavia,
preservando o momento de louvor, oração, confraternização, estudo e
testemunhos locais e de missões internacionais. Estima-se que 25 milhões
de pessoas[carece de fontes] frequentam a Escola Sabatina, a cada sábado, ao redor do mundo.
Após uma breve pausa para anúncios locais, toda igreja se reúne novamente para o serviço religioso de adoração. É seguido o formato de culto típico dos evangélicos, com o sermão ocupando a parte central. O canto congregacional, as leituras bíblicas, as orações e a arrecadação de ofertas (incluindo o dízimo),
são outras características padrão. Os instrumentos e formas de música
de adoração variam muito em toda a Igreja a nível mundial. O piano é o
instrumento musical mais utilizado, mas nos últimos anos a liderança da
Igreja Adventista vem estimulando a formação de pequenas orquestras para
acompanhamento musical nas congregações locais.47 Muitos jovens, principalmente nas igrejas da América do Norte, têm como estilo a música cristã contemporânea, ao passo que outras igrejas ao redor do mundo se utilizam de hinos mais tradicionais, incluindo os encontrados no Hinário Adventista. A adoração é conhecida por ser reverente.
Cerimônia de Santa Ceia
Os adventistas geralmente praticam a Santa Ceia
quatro vezes por ano. A Santa Ceia é um serviço aberto que está
disponível tanto para membros da igreja. Ela começa com a cerimónia do lava-pés.
Conhecida como "Cerimónia da Humildade", é baseado no relato de São
João 13. O lava-pés é utilizada para simbolizar a humildade de Cristo em
lavar os pés de seus discípulos na Última Ceia.
Assim, os seus participantes lembram da necessidade de humildemente
servir uns aos outros. Os participantes são separados por sexo para
salas a fim de realizar esse ritual. Algumas congregações[carece de fontes]
permitem que casais realizem a cerimónia juntos e incentivam que toda a
famílias participe em conjunto. Após a conclusão, os participantes
voltam para a igreja a fim de comer da Santa Ceia, que consiste em pão ázimo e suco de uva não fermentado.48
Saúde e Dieta
Desde a década de 1860, quando foi organizada, a Igreja Adventista tem dado ênfase na integridade do corpo e na saúde.49 Os adventistas são conhecidos por apresentarem uma mensagem de saúde que recomenda a seus membros o vegetarianismo
e fazerem adesão às leis de saúde encontradas em Levíticos 11. A
obediência a essas leis significa abstinência de carne de porco, frutos
do mar e outras carnes tidas como impuras. A Igreja também
desistimula os seus membros fazerem uso de álcool, abandonarem o tabaco e
não fazer desnecessário uso de outras drogas lícitas e ilícitas. Os
pioneiros da Igreja Adventista influenciaram na implantação de cereais
na dieta ocidental[carece de fontes]. O moderno conceito comercial de alimentos cereais originou-se entre os adventistas.50 John Harvey Kellogg
foi um dos pioneiros que trabalhou na área da saúde. Seu
desenvolvimento de cereais como alimento saudável levou à fundação da
companhia Kellogg’s, administrada pelo seu irmão William. Na Austrália e na Nova Zelândia, a igreja é proprietária da Sanitarium Health Food Company,
uma das fabricantes líderes de produtos relacionados a saúde a ao
vegetarianismo. No Brasil, os adventistas administram a Indústria
Adventista da Produtos Naturais (Superbom). Recentemente a parte de Cereais foi vendida a Kellogs.
Uma pesquisa financiada pelo National Institutes of Health mostrou que o adventista médio vive na Califórnia de 4 a 10 anos a mais do que o californiano médio[carece de fontes]. A pesquisa, conforme citada pela reportagem de capa da edição de novembro de 2005 da National Geographic,
afirma que "os adventistas vivem mais tempo porque não fumam nem fazem
uso de bebida alcoólica, matém o descanso semanal, se preocupam em
manter uma vida saudável e mantém uma dieta vegetariana que é rica em
frutas e feijão além de possui um baixo teor de gordura." A coesão de
redes sociais adventistas também foi apresentada pela reportagem “como
uma explicação da sua vida útil e prolongada.” 51 52 Desde 2005 o repórter Dan Buettner escreve a história sobre a longevidade adventista. Em seu livro, The Blue Zones: Lessons for Living Longer, ele fala das pessoas que vivem por muito tempo. São os habitantes de Loma Linda,
situada na zona sul da Califórnia, onde se encontra uma grande
concentração de adventistas do sétimo dia. Dan cita a ênfase da igreja
na saúde, na dieta vegetariana e na observância do sábado como fatores
primordiais para a longevidade adventista.
Estima-se que 35% dos adventistas pratiquem o vegetarianismo, de
acordo com uma pesquisa realizada em 2002 em todo mundo, pelos líderes
da igreja local.53 54
Recentemente um artigo da U.S. News & World Report apresentou os “10 hábitos de saúde que ajudarão você a viver até os 100”[carece de fontes].
No ponto número oito o conselho é: “Viva como um adventista do sétimo
dia”. Eles destacaram o estilo de alimentação e também o foco
adventistas na família e na comunidade. O trecho do artigo pode ser lido
abaixo:
Viva como um Adventista do Sétimo dia - Americanos que definem a si mesmos Adventistas do Sétimo dia têm uma esperança média de vida de 89 anos, cerca de uma década a mais do que o americano médio. Um dos princípios básicos da religião é que seu corpo é o templo do Espírito Santo, ou seja, um empréstimo de Deus, o que significa não fumar, não abusar do álcool, ou doces. Seguidores tipicamente mantêm uma dieta vegetariana baseada em frutas, legumes, feijões, e nozes, além de praticarem exercício físicos. Eles são também muito centrados na família e na comunidade.55 56
No Brasil, o SBT Realidade57 e o Fantástico 58 já fizeram reportagens sobre o estilo de vida adventista.
Ética
A posição oficial dos Adventistas sobre o aborto é que "por razões de controle de natalidade, seleção de sexo ou conveniência, essa prática não é tolerada pela Igreja."
Entretanto, às vezes as mulheres podem ter de enfrentar circunstâncias
excepcionais, que apresentam sérios dilemas morais ou médicos, tais como
ameaças significativas para a saúde ou para a vida da gestante, graves
defeitos congênitos no feto e gravidez resultante estupro ou incesto.
Nesses casos a igreja respeita e aconselha a mulher a tomar sua própria
decisão.59
O adultério é um dos motivos admitidos para o divórcio, embora a reconciliação seja incentivada sempre que possível[carece de fontes]. Os adventistas incentivam a virgindade para homens e mulheres antes do casamento[carece de fontes].
Recentemente, a Igreja Adventista lançou declarações oficiais em relação a outras questões éticas, tais como:
Eutanásia - contra a eutanásia ativa, mas permite a retirada passiva de apoio médico para permitir que a morte ocorra;60
Contracepção
- a favor para os casais, se usado corretamente. Mas contra o aborto
por motivos de controle de natalidade e de sexo antes do casamento;61
Clonagem humana - contra a clonagem, enquanto a tecnologia não é segura, pois poderia resultar em nascimentos defeituosos ou abortos.62 63
Homossexualismo - de acordo com a declaração oficial da Conferência Geral, o casamento heterossexual é o único tipo de relação biblicamente ordenada para a união entre seres humanos. Isso porque a Bíblia
condena as práticas homossexuais em termos fortemente negativos. Por
isso, os adventistas não realizam casamentos de pessoas do mesmo sexo e
os homossexuais não podem ser ordenados para o ministério.
Desbravadores
Ver artigo principal: Clube de Desbravadores
O Departamento de Jovens da Igreja Adventista dirige uma organização
de meninos e meninas entre 10 e 15 anos chamado Clube de Desbravadores.
Possui crianças de diferentes classes sociais, cor, raça e religião.
Semelhante aos escoteiros,
os Desbravadores tem reuniões uma ou duas vezes por semana a fim de
desenvolver os talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza64 . Depois que um adolescente chega aos 16 anos, ele passa a fazer parte da liderança do clube.
Os Clubes de Desbravadores estão presente em mais de 160 países, com
90.000 sedes e mais de dois milhões de participantes. Existem
oficialmente desde 1950. Apesar de ser um programa oficial da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, meninos e meninas de qualquer fé religiosa
podem participar.
Aventureiros
Ver artigo principal: Clube de Aventureiros
O Clube de Aventureiros é destinado a crianças entre 6 e 9 anos. As atividades se baseiam no tripé família-igreja-escola.
O objetivo dos aventureiros é de auxiliar pais, mães e responsáveis na
tarefa de desenvolver os aspectos físico, mental, espiritual e social
das crianças, num ambiente seguro e agradável65
. A programação e o planejamento do Clube dos Aventureiros é simples,
curto e criativo. Em alguns aspectos os clubes de Desbravadores e
Aventureiros são parecidos, mas o programa dos Aventureiros é
desenvolvido separado dos Desbravadores.
Acampamento Jovem
Ver artigo principal: Campori
Os Adventistas do Sétimo Dia fazem acampamentos em toda a América e
em muitas outras partes do mundo. Cada campo varia em atividades. Os
acampamentos jovens na América do Norte têm arco e flecha, natação,
cavalos, artes e ofícios ligados a natureza, desafio de cordas além de
muitas outras atividades comuns.
A atividade varia de acordo com a região. Em outras localidades, os
jovens adventistas fazem acampamentos para praticarem surf, esqui
aquático, escalada, golfe, skate, mountain bike, ciclismo, basquete,
futebol entre outas atividades.
Organização
Estrutura e Organização política
Ver artigo principal: Estrutura da Igreja Adventista do Sétimo Dia
A Igreja Adventista do Sétimo é regida por uma forma de democracia e representação que se assemelha ao sistema Presbiteriano de organização da igreja. Cinco níveis de organização existem dentro da denominação.66 67
- Igreja local - é o nível de fundação da estrutura organizacional e o “rosto” público da denominação. Todo adventista batizado é membro da igreja mundial e de uma igreja local e tem poder de voto dentro dessa igreja. Cada igreja local possui uma comissão administrativa voluntária, escolhida anualmente pela própria igreja, que dirige os planos e atividades da igreja local. A organização de diversas igrejas locais sob a jurisdição de um pastor é chamada de distrito. Toda igreja local pertence a algum distrito. Os distritos variam em número de igrejas, mas suas igrejas locais são unidas teologicamente, além de possuirem estratégias e planos evangelisticos em parceria para uma determinada localidade em curto e médio prazo. A união de vários distritos formam uma Missão/Associação.
- Missão ou Associação local - Acima da igreja local fica a missão/associação local. Essa parte da estrutura administra a organização e fundação de igrejas locais em estados, províncias ou territórios. A missão/associação é responsável por nomear os ministros, comprar terras para igreja, ajudar nas construção de templos, organizar a distribuição dos dízimos e ofertas, e fazer os pagamentos aos pastores, obreiros e funcionários da igreja. A Missão geralmente compõe uma faixa territorial menor e não possui meios financeiros de se manter sozinha. A Associação, contudo, pode compreender parte de um estado, província ou território maior, e possui meios financeiros para sua manutenção e ainda ajudar às missões. A organização de várias Missões e Associações forma a União.
- União - Acima da associação/missão local fica a União, que incorpora um conjunto de associações/missões locais dentro de um território mais vasto. A União pode ser formada por vários estados, províncias e territórios. A mesma traça a organização da igreja para determinada localidade, planos evangelísticos a médio e longo prazo, organizações humanitárias a atende às necessidades das associações, missões e distritos. A União de várias "Uniões" forma a Divisão.
- Divisão - Acima da União está a Divisão. A Divisão é formada por vários países e possui presidentes que coordenam todos os departamentos da igreja de forma continental. A Divisão traça metas quinquenais, estabelece escolas, universidades, hospitais, publicadoras, centros de mídia (TV, Rádio e Internet), planos de penetração em locais sem presença adventista, treinamentos, evangelismos em massa em metropoles ou países, escolhe os líderes de cada União, Associação e Missão, envia missionários, e promove os eventos gigantescos da igreja. Ao todo existem 13 Divisões em todo o planeta que abrangem 206 países em todo o mundo.
- Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia - O nível mais alto de hierarquia dentro da estrutura da igreja é a Associação Geral, que é a autoridade máxima da igreja e tem a última palavra em matéria de conjectura, doutrina, e questões administrativas. Ela é encabeçada por um presidente, que atualmente é o Pastor americano Ted Wilson, cerca de 10 vice-presidentes, secretários e tesoureiros, além dos presidentes de todos os departamentos e ministérios da igreja a nível mundial e seus respectivos secretários. Os líderes das Divisões, Uniões, Associações, Missões, delegados de algumas igrejas locais e membros leigos reúnem-se a cada 5 anos e escolhem os líderes da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia por voto democrático nas sessões da Conferência Geral. A Associação Geral é responsável por todos os recursos financeiros, envio de ofertas para missões evangelísticas, construção de templos, formação, treinamento e envio de missionários para países sem presença adventista, missões evangelísticas globais, além de se responsabilizar pela unidade administrativa e doutrinária da igreja, combatendo heresias, movimentos independentes ou ministérios que possam de alguma maneira minar a unidade adventista. A sede da Associação Geral fica localizada em Washington - USA.
- Sessão da Conferência Geral - São reuniões quinquenais administrativas. Nessas reuniões, faz-se presente cerca de 60 a 70 mil adventistas de todo o planeta, e os mesmos avaliam o crescimento da igreja mundial e traçam estratégias e projetos para o próximo quinquênio. Nestas reuniões, os votos são tomados democráticamente, o Manual da Igreja Adventista é revisado e alguma nova doutrina pode ser inserida, esclarecida ou ampliada.
- Finanças - Os adventistas creem no sistema bíblico de dízimos e ofertas (Levítico 27:30-32; Salmo 96:8; Provérbios 3:9-10; Malaquias 3:8-12; Mateus 23:23; I Coríntios 9:13-14; II Coríntios 9:6-7). Os dízimos e ofertas voluntárias são coletados dos membros da igreja, contudo, não são utilizados diretamente pelas igrejas locais. Somente 60% das ofertas ficam nas igrejas locais para o pagamento de despesas como água, eletricidade, zeladoria, materias didáticos, materiais de limpeza, compras de remédios, cestas básicas, etc. Os 40% restantes são enviados às Missões/Associações para compra de Bíblias, produção de folhetos, estudos bíblicos, CDs, DVDs, materiais para crianças, lições bíblicas, livros devocionais, pagamento de alugueis de igrejas, construções de igrejas, congressos, treinamentos, manutenção dos centros de mídia (TV's, Programas em TV's Seculares, Rádios, Sites da Internet, Evangelismos Via Satélite, etc), compra de projetores para igrejas locais, etc. As arrecadações são feitas voluntariamente e os membros têm total acesso à tesouraria da igreja local e/ou missão/associação para prestação de contas. Todo o dinheiro arrecadado é investido nas igrejas.
Os dízimos são repassados para as Associações/Missões que
redistribui os mesmos nas despesas da associação incluindo o salário dos
pastores. 10% de todo o dinheiro arrecadado vai para as Uniões locais
que por sua vez são repassados também 10% para as Divisões que por sua
vez são repassados também 10% para a Associação Geral, que em seguida,
distribui as finanças para pagamento das necessidades da igreja. Os
dízimos arrecadados são distribuídos de forma igualitária. Todos os
pastores, obreiros e funcionários da igreja, independente do tamanho ou
riqueza da congregação local, ou do seu cargo, recebem a mesma quantia,
desta forma, nenhum pastor ganha mais que outro, e os membros também têm
acesso ao relatório das finanças pastorais, se assim o desejarem. De
fato, os próprios pastores também são dizimistas. Um outro detalhe entre
os adventistas é que seus pastores não podem exercer uma outra função
empregatícia, ou seja, nenhum pastor adventista pode ter um emprego
secular sendo o seu serviço dedicado exclusivamente à igreja.
A Escola Sabatina
também tem um plano sistemático de ofertas, onde no último sábado de
cada trimestre, 25% das ofertas arrecadadas em todo o planeta é enviado
para realização de algum projeto evangelístico em algum lugar específico
do mundo. Durante o trimestre, semanalmente, os membros da igreja
escutam relatórios e notícias das atividades evangelísticas realizadas
no lugar em questão, e ao fim do trimestre, as ofertas são enviadas para
o referido lugar (que varia a cada 3 meses)
O Manual da Igreja contém disposições para cada nível de governo,
além de orientações para a criação de instituições educacionais,
médicas, publicações e outras instituições que são vistos no contexto da
chamada Grande Comissão.
O último relatório sobre as finanças da Associação Geral afirmou que a
cada ano mais de 20.000.000 de dólares são orçados para manutenção de
missionários adventistas atuando em todo o planeta.68
Oficiais da igreja
A pessoa ordenada na igreja adventista é conhecidos como ministro ou pastor.
Os ministros não são eleitos nem empregados pelas igrejas locais, mas
são nomeados pelas missões/associações locais, que lhes atribui
responsabilidade sobre uma igreja ou um grupo de igrejas. A ordenação é o
reconhecimento formal outorgado a pastores do sexo masculino geralmente
após um certo número de anos de serviço. Atualmente, não se pode dar o
título de "ordenado" as mulheres, embora algumas sejam empregadas no
ministério, podendo ser encarregadas em algum departamento da igreja.69
Dentro de uma igreja local, existem leigos que podem ter cargos ordenados: são eles os anciões e diáconos.
Eles são nomeados pelo voto de uma igreja local ou por uma reunião de
comissão da igreja local. O Ancião têm um papel essencialmente
administrativo e pastoral, mas também deve ser capaz de fornecer
liderança religiosa (especialmente na ausência de um ministro ou pastor
ordenado). O papel dos diáconos é contribuir para o bom funcionamento de
uma igreja local e para manter a propriedade da igreja.
Membros
O pré-requisito essencial para a adesão a Igreja Adventista é o batismo por imersão.
De acordo com o manual da igreja, esse batismo só deve ocorrer depois
que o candidato tiver sido submetido à instrução correta sobre o que a
igreja acredita.
Em outubro de 2009, segundo dados da Igreja havia 11 049 101 membros
batizados. Mais de um milhão de pessoas se uniram à Igreja Adventista
num período de 12 meses (de 30 de junho de 2008 à 30 de junho de 2009),
através do batismo e da profissão de fé. Até julho de 2010, a IASD já
registrava cerca de 13.000.000 de membros. A igreja é uma das
organizações de crescimento mais rápido do mundo, principalmente devido a
aumentos de participação no desenvolvimento e ajuda das nações. Hoje, menos de 7% dos membros da igreja residem nos Estados Unidos. Grande parte deles estão na África e na América Central e América do Sul.
De acordo com o livro Uma Igreja Mundial, do historiador adventista George R. Knight,
os adventistas chegaram a 1 milhão entre 1955 e 1961, crescendo para
cinco milhões em 1986. Dados atuais mostram que na virada do século XXI,
a igreja tinha mais de 10 milhões de membros, crescendo para mais de 14
milhões em 2005 e 16 milhões em 2009. Acredita-se que mais de 25
milhões de pessoas vão ao culto semanal em alguma igreja adventista ao
redor do mundo. A igreja opera em 206 dos 230 países e áreas
reconhecidas pelas Nações Unidas, tornando-se "provavelmente a mais difundida denominação protestante da história."
A igreja tem sido descrita como uma espécie de rede social, sendo considera uma "extensão da familia", e fazendo parte efetivamente da teoria dos "seis graus de separação" dentro da denominação.
Expansão
A IASD concentrou-se na América do Norte até 1874, quando John N. Andrews foi enviado para a Suíça como primeiro missionário oficial além-mar. A África
teve seu primeiro contato com o adventismo em 1879, quando o Dr. H. P.
Ribton, um recém-convertido na Itália, mudou-se para o Egito e abriu uma
escola, mas o projeto foi encerrado quando houve uma revolução nas
redondezas da escola. O primeiro país não-protestante a ser atingido foi
a Rússia em 1889 com a chegada de um ministro.
Em 20 de outubro de 1890 a escuna Pitcairn aportou em São Francisco, Califórnia
e logo se ocupou em levar missionários para as Ilhas do Pacífico. Os
adventistas do sétimo dia entraram em países não-cristãos pela primeira
vez em 1894 – Costa Dourada, (Gana), África Ocidental, e Matabeleland, África do Sul. Neste mesmo ano missionários foram enviados à América do Sul, e em 1896 havia também representantes no Japão.
Em 1929, o pastor H.M.S. Richards transmitiu uma série de temas bíblicos na rádio KNX, em Los Angeles, Califórnia.
Na ocasião, os amigos de Richards o repreenderam dizendo que usar o
rádio para a pregação era um engano de satanás. Apesar das críticas ele
prosseguir seu trabalho com grandes resultados, se tornando um pioneiro
na pregação do Evangelho nos meios eletrônicos.
Em 1937, a série bíblica passou a ser apresentada em uma rede de
rádio e transmitida em vários estados americanos. Foi ai que o programa
passou a chamar-se A Voz da Profecia, programa que até hoje é transmitido em vários países e línguas.
A IASD tem apresentando um crescimento notável na América do Sul e
África com atuação reconhecida na área de saúde. Nos Estados Unidos a
denominação apresentou crescimento líquido de 11% no período de 1990 a
2001, segundo estudo da City University of New York,70 indo de 668000 a 724000. Atualmente apresenta naquela localidade 908450 membros (crescimento de 25% em 5 anos).
Em um século e meio, a Igreja Adventista do Sétimo Dia cresceu de um
grupo de pessoas de várias denominações que estudavam a Bíblia, para uma
comunidade mundial, totalizando em 2006
mais de 15 milhões de membros batizados e outros 6 milhões de
simpatizantes espalhados em 208 países do globo. Estima-se que,
levando-se em conta as crianças e outros membros ainda não batizados,
como fazem as outras igrejas, o número de adventistas chegue aos 30
milhões.
O Adventismo no Brasil
Ver artigo principal: Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil
No Brasil são 1.600.000 membros da IASD em 2008 sob a coordenação de
sete Uniões que administram as Associações e Missões. As instituições da
IASD do Brasil e de sete países latino-americanos formam a Divisão Sul
Americana, com sede em Brasília, DF.
Adventismo em Portugal
Ver artigo principal: Igreja Adventista do Sétimo Dia em Portugal
Hoje existem cerca de 9 mil membros batizados. Porém, adicionando os
jovens e crianças (a Igreja Adventista do Sétimo Dia defende o baptismo
somente após tomada de consciência e de maturidade sobre a decisão que é
individual), todos envolvidos no ministério jovem que é dividido em
clubes: 6 a 9 anos denominados Tições, de 10 a 15 Desbravadores, de 16 a
21 de Companheiros e de 21 para cima Seniores. Os inscritos na Escola
Sabatina, chegaram aos 15 mil crentes.
Missão Adventista
Iniciado no final de 1800, o trabalho missionário adventista atinge
atualmente mais de 200 países e territórios. Os trabalhadores da missão
adventista pregam o Evangelho, promovem a saúde através de hospitais e
clínicas ligadas a igreja, executam projetos de desenvolvimento para
melhorar a qualidade de vida e proporcionar alívio em tempos de
calamidade.
O alcance Missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia destina-se
aos não-cristãos e aos cristãos de outras denominações. Os adventistas
crêem que Cristo pediu a seus seguidores na Grande Comissão que
alcançassem o mundo inteiro. Os adventistas são cautelosos, no entanto,
para garantir que o evangelismo não impeçam ou interfiram nos direitos
fundamentais do indivíduo. Liberdade Religiosa é uma postura que a
Igreja Adventista apoia e promove.
Instituições da Igreja
O Biblical Research Institute é o centro de pesquisa teológica da Igreja.
O Ellen G. White Estate foi criada em 1915 depois da morte de Ellen White, conforme especificado em seu testamento legal. Sua finalidade é atuar como zelador e pesquisador de seus escritos. Desde de 2006 o conselho conta com 15 membros. O Ellen G. White Estate também hospeda o site oficial [www.whiteestate.org].
O Geoscience Research Institute, sediado em Loma Linda University, foi fundada em 1958 para investigar as evidências científicas sobre as origens da vida. É uma instituição criacionista.
Publicações
A publicação e distribuição de literatura foram os fatores mais
importantes no crescimento do Movimento Adventista. O Adventist Review
and Sabbath Herald (atual Adventist Review), o principal periódico da
igreja, foi fundado em Paris, Maine, em 1850; a Youth Instructor em
Rochester, Nova York, em 1852; e a Signs of the Times em Oakland,
Califórnia, em 1874. A primeira casa publicadora denominacional em
Battle Creek, Michigan, começou a funcionar em 1855 e foi legalmente
incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicações dos
Adventistas do Sétimo Dia.
No Brasil, a Casa Publicadora Brasileira é a editora oficial da igreja adventista, enquanto que em Portugal é a Publiadora SerVir.
Atualmente o principal meio de divulgação das publicações adventistas é a colportagem.
Organismos sociais
O Instituto de Reforma de Saúde, mais tarde conhecido como Sanatório
de Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a sociedade de trabalho
missionário foi organizada a nível de estados em 1870. A primeira escola
da rede mundial de ensino da Igreja foi estabelecida em 1872, e em 1877
deu-se início à associação de Escolas Sabatinas. Em 1903 o escritório
central da denominação mudou-se de Battle Creek, Michigan, para
Washington, DC, e em 1989 para Silver Spring, Maryland.
A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), é uma organização não governamental de âmbito mundial presente em mais de 120 países entre os quais o Brasil.
ADRA é uma agência internacional de desenvolvimento e ajuda
humanitária. Ela focaliza primariamente a sustentação, com projetos de
desenvolvimento a médio-prazo.
Instituições de saúde
Existe uma ênfase da Igreja Adventista na reforma de saúde e na abstinência do álcool e do fumo. A igreja organiza periodicamente cursos "Como Deixar de Fumar em 5 dias", de abordagem comportamental ao vício tabágico através de palestras por profissionais de saúde, sem caráter proselitista.
Sobre este aspecto, a forte ênfase sobre saúde e hábitos alimentares foi objeto de estudo do Governo dos Estados Unidos, através do NIH, que constatou entre adventistas do estado da Califórnia uma sobrevida maior de sete anos em relação a população em geral.
Os Adventistas administram um grande número de hospitais e
instituições relacionadas a saúde. Sua maior escola de medicina e
hospital na América do Norte está localizado na Universidade Loma Linda;
em seu anexo, o Medical Center. Em todo o mundo, a Igreja administra
uma ampla rede de hospitais, clínicas e sanatórios. Estes desempenham um
papel ao redor do planeta de disseminar a mensagem de saúde e as
missões.
A Adventist Health System é a maior organização sem fins lucrativos, protestante, do sistema de saúde multiinstitucional nos Estados Unidos.
O sistema de saúde é patrocinado pela Igreja Adventista e cuida de mais
de 4 milhões de pacientes por ano. Atualmente existem no mundo 532
instituições de saúde adventistas.
] Educação Adventista
Ver artigo principal: Rede Adventista de Educação
A IASD mantém um sistema unificado de educação protestante no mundo.
Operam 7.500 unidades de educação básica, ensino médio e universitário,
incluindo faculdades, seminários e escolas médicas em mais de 150
países. Este sistema envolve 75 mil professores e 1,5 milhões de
estudantes.71 O sistema tem clara definição por ensino religioso agregado, defesa do criacionismo, porém aceita estudantes de todas as religiões.
A Rede possui duas publicações a nível mundial que servem de apoio a
sua missão. A Revista da Educação Adventista, um periódico bimestral
destinado a professores e gestores educacionais: cada edição apresenta
artigos de variados temas relacionados à educação cristã.
Já a Revista Diálogo Universitário é uma publicação voltada para
estudantes do nível Superior de ensino: aborda questões relativas à
interface entre o cristianismo e a cultura contemporânea. A Diálogo
possui leitores em mais de 100 países, pois é impressa em quatro
línguas: português, inglês, francês e espanhol.
América do Sul Na América do Sul são mais de 850 instituições
com aproximadamente 230 mil alunos distribuídos em Ensino Fundamental,
Médio e Superior. Mais de 140 mil no Brasil e 90 mil no Equador, Peru,
Bolívia, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai. Cerca de 15 mil
professores são responsáveis pela formação integral dos estudantes,
visando o preparo físico, mental e espiritual.
Em 1896 começou a funcionar em Curitiba, Paraná, o Colégio
Internacional sob a direção de Guilherme Stein Jr. A partir daí, o
trabalho educacional cresceu e muitas escolas foram agregadas a essa,
formando a Rede da Educação Adventista no país. Atualmente, a rede conta
com mais de 300 unidades escolares, 8.440 professores que atendem cerca
de 140 mil alunos. Além destas unidades, a organização mantém 15
colégios em regime de internato, sendo que 12 oferecem da Educação
Básica à Pós-Graduação e um Centro Universitário (UNASP).
Oposição aos adventistas
Alguns grupos religiosos classificam a Igreja Adventista de "seita" 72
. Esse termo é usado principalmente por líderes religiosos apologéticos
como um mecanismo de autodefesa, destinado a inibir as pessoas de se
relacionarem com pretensos hereges. Em relação aos adventistas,
diferentes justificativas têm sido sugeridas para considerá-los como
sectários. Uma das mais comuns é a alegação de que os adventistas
advogam algumas doutrinas distintivas (como a observância do sábado, a
inconsciência dos mortos, destruição final dos ímpios, o juízo
investigativo pré-advento) não compartilhadas pela maioria dos cristãos.73
Defesa Adventista
Em defesa, à Igreja Adventista cita várias passagens biblicas, entre
elas esta Atos 24: 14 - "Porém confesso-te isto: que, segundo o caminho,
a quem chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando
em todas as coisas que estejam de acordo com a lei, e nos escritos dos
profetas."
Críticas
A Igreja Adventista tem recebido fortes críticas ao longo de sua história das mais diversas tendências religiosas. Entre os pontos mais criticados estão as suas doutrinas distintas ou heterodoxas, o status de Ellen G. White como profetisa dentro da igreja; e o comportamento e a crença exclusivista de membros da denominação. Os maiores críticos são ex-adventistas, como DM Canright, Walter Rea e Ratzlaff Dale.
Em meados de 1970, apareceram duas facções dentro da teologia adventista. Os adventistas históricos defendiam posições doutrinárias que faziam parte da crença da maioria dos adventistas antes de 1950. Já os adventista evangélicos enfatizavam uma melhor compreensão das doutrinas que vieram da Reforma, em especial a da Justificação pela Fé, buscando assim um maior diálogo com o cristianismo evangélico.
Esses dois grupos criaram várias controvérsias dentro da denominação,
levando a igreja a uma séria crise interna e a várias fragmentações. Até
o início de 1980, alguns adventistas evangélicos foram disciplinados
pela denominação, o que deixou alguns dentro do adventismo desiludidos.
Doutrinas
Algumas doutrinas adventistas são distintas e exclusivas da denominação, quando comparadas com outras igrejas cristãs. Elas são consideradas heterodoxas pelos críticos, o que faz com que segmentos pentecostais e alguns protestantes fundamentalistas rotulem os adventistas como uma seita.
Os mesmos consideram o catolicismo romano como "seita cristã", o que
faz adventistas desconjurarem por crerem que o catolicismo e, de uma
certa maneira, o protestantismo terem mais elementos não cristãos ou
pagãos do que eles. Mas a acusação procede da percepção
catolico-evangélica do que seria ortodoxia bíblica cristocêntrica sob o
ângulo da justificação pela fé ou fé versus obras.
Os ensinamentos tidos como heterodoxos são o aniquilamento no lugar da crença no inferno e tormento eterno; a crença no juízo investigativo e alguns pontos de vista escatológicos. Além disso, os adventistas têm sido frequentemente acusados de legalismo, por causa de sua ênfase sobre a observância da lei de Deus, sobretudo sua ênfase na guarda do sábado como "pedra de toque" nos assuntos finais da história humana.
Enquanto alguns especialistas da religião, como Anthony Hoekema,
classificaram o adventismo como um grupo sectário por causa de suas
doutrinas atípicas, a denominação tem sido considerado uma seita por
denominações evangélicas pentecostais. Depois das reuniões e discussões
dos adventistas com as denominações protestantes conservadoras nos anos 1950,
boa parte dos evangélicos passaram a considerar o adventismo como uma
denominação cristã, apesar de suas crenças distintas. Adventistas
antitrinitarianos afirmam que foi nessa época que a igreja se vendeu ao
Concilio das Igrejas de Cristo e se livrou de algumas de suas doutrinas
tradicionais, adotando oficialmente a doutrina da Trindade a fim de ser
aceita como uma denominação por outros crentes em Cristo.
Notavelmente, Billy Graham convidou os adventistas a fazerem parte de suas cruzadas após Donald Barnhouse, um protestante conservador e editor da revista Eternity afirmar que os adventistas são cristãos, em 1956. Walter Martin, considerado por muitos como o maior apologista cristão contra as seitas, escreveu o livro A verdade sobre os adventistas do sétimo dia (1960). A obra marcou um ponto de virada na forma como os protestantes passaram a visualizar os adventistas:
"É perfeitamente possível ser um adventista do sétimo e ser um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo, apesar das crenças heterodoxas."
– Walter Martin, O Império das Seitas
Chegara, então, à conclusão de que a denominação não era uma
seita, mas sim "descomunal", em comparação à crencas e práticas de
outros protestantes.
Entretanto, pouco antes de morrer, Martin afirmou que ele tinha
algumas preocupações sobre a forma como eram tratados alguns assuntos teológicos dentro do adventismo. Sua preocupação advinha da demissão de líderes considerados adventistas evangélicos, como Desmond Ford. Martin chegou a perguntar por que o livro Questões sobre Doutrinas
(QOD) - um documento fundamental para a avaliação do adventismo como
uma denominação evangélica por ele tinha sido autorizado a sair de
circulação.
Outra preocupação de Walter Martin era o grau de autoridade que é dado a Ellen G. White na interpretação da Bíblia. Martin planejou escrever um novo livro sobre a igreja adventista do sétimo dia com a ajuda de Kenneth R. Samples, que era autor de From Controversy to Crisis: An Updated Assessment of Seventh-day Adventism. No livro, Samples sustenta a mesma visão de Martin que dizia que era considerado evangélico "esse
segmento do adventismo que mantém a posição expressa no QOD e é
expressa no movimento adventista Evangélico das últimas décadas". Entretanto, a pesquisa dos dois reconheceu que o adventismo histórico, que era considerado "teologicamente falido", parecia ter "ganhado o apoio de muitos administradores e dirigentes (pelo menos em Glacier View)"; e parecia "estar se movendo além de uma série de posições tomadas em QOD Ellen G. White e seu Status
"O status de Ellen G. White como uma profetisa moderna tem sido muitas vezes criticado. Argumenta-se que a crença no Dom de Profecia – como é conhecida a doutrina da crença de Ellen White como profetisa – contraria o principio protestante do sola scriptura. Em resposta, os adventistas têm afirmado que o conceito de um profeta contemporâneo não é proibido pelas Escrituras, e que a Bíblia continua a ser a autoridade máxima de fé
e prática. Os adventistas também afirmam que os escritos de Ellen White
estão todos sujeitos a Bíblia e que nenhuma de suas crenças é baseada
em qualquer sonho, visão ou declaração da profetisa."
Os críticos, como o ex-pastor Walter T. Rea, acusaram Ellen White de plágio. No livro The White Lie
--"A Mentira Branca"-trocadilho com seu sobrenome e a expressao inglesa
que significa "disfarce,"-- Rea afirma que os empréstimos literários
feitos por Ellen eram mais amplos do que supunham os adventistas. Na
época, a Associação Geral pediu ao erudito em Novo Testamento com experiência em análise textual, Fred Veltman, estudar a fundo o uso feito por Ellen White de empréstimos literários no seu livro O Desejado de Todas as Nações74
. Após cinco anos de estudos em tempo integral, Veltman concluiu que
Ellen White havia realmente tomado emprestadas várias das construções
sintáticas que apresentava como suas e não eram empréstimos cegos. Pelo
contrário, ela "utilizou os escritos de forma consciente e intencional"75 . O estudo resultou em um relatório com mais de 2.500 páginas conhecido também como Veltman Report.
Os defensores dos escritos de Ellen White argumentam que a natureza
dos empréstimos literários feitos pela profetisa devem ser considerados
dentro do contexto que era aceito na época. Ou seja, os escritores do século XIX
frequentemente tomavam emprestadas palavras de outros escritores a fim
de apresentar suas próprias ideias. Os defensores também argumentam que
as fontes donde Ellen White teria feito empréstimos literários eram conhecidas de seus leitores, eliminando assim o risco de ela ter tido a intenção de enganar. A própria Ellen White afirmou, na introdução do seu livro O Grande Conflito,
que havia usado obras de outros autores sem atribuição. Isso porque
essa era uma prática comum entre os escritores religiosos da época.
Exclusivismo
Por fim, alega-se que certas crenças adventistas e suas práticas são de natureza exclusivista. Críticos não-adventistas têm se preocupado sobre o fato de a igreja Adventista ser considerada a "igreja remanescente", enquanto os protestantes tradicionais e a Igreja Católica são chamados de Babilônia. Tais atitudes servem para legitimar o proselitismo de cristãos de outras denominações. Em resposta a tais críticas, teólogos adventistas afirmam que a doutrina do remanescente não exclui a existência de verdadeiros cristãos de outras denominações, mas faz os adventistas se preocuparem com as instituições.
Argumentam que o “povo meu”, reportado no capítulo 18, verso 4, do
livro de Apocalipse, seriam os muitos verdadeiros adoradores de Cristo
que estariam na aludida ‘Babilônia’, embora sob terna e especial atenção
de Deus.
"Reconhecemos plenamente o fato alentador de que um grande número de verdadeiros seguidores de Cristo estão espalhados por todas as igrejas diferentes da cristandade, inclusive a comunhão católica romana. Essas pessoas, Deus claramente reconhece como seus e não fazem parte da ‘Babilônia’ retratada no Apocalipse".
– Questões sobre Doutrinas, pág. 197
"Deus tem filhos, muitos deles nas igrejas protestantes, e um grande número nas igrejas católicas, que são mais fiéis para obedecer à luz e para proceder de acordo com o seu conhecimento do que um grande número entre os adventistas observadores do sábado que não andam na luz."
– Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 386
Ministérios Independentes, Ramificações e Divisões
Ver artigo principal: Divergências na Igreja Adventista do Sétimo Dia
Ministérios Independentes
Os adventistas prezam por sua unidade de fé e de organização, mas já
surgiram em seu seio inúmeros grupos dissidentes não ligados à
Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, com congregações que não
constam no rol de membros das Uniões, Missões e Distritos locais. Há
também movimentos e correntes organizadas internamente entre membros,
como os Adventistas Progressistas e os adventistas carismáticos.
Além dos ministérios e das instituições que são formalmente
administradas pela Igreja Adventista, existem numerosas organizações e
ministérios independentes. Entre esses ministérios, estão incluidos
vários centros de saúde e hospitais, editoras e ministérios de mídia e além de organizações de ajuda humanitária. Um bom número de ministérios independentes foi estabelecido por grupos dentro da Igreja Adventista que possuem uma posição teológica
distinta ou que tem um desejo de promover uma mensagem específica.
Alguns desses ministérios têm uma relação tensa com a igreja oficial.
Recentemente, a instituição manifestou[carece de fontes] preocupação por causa da possibilidade desses ministérios ameaçarem a unidade adventista.
Desdobramentos e Cismas
Ao longo da história da denominação,
tem havido uma série de grupos que deixaram a igreja e formaram seus
próprios movimentos. Estes, não são afiliadas à Igreja Adventista do
Sétimo dia de qualquer forma. Eles operam em seu próprio sistema de crenças e são considerados inteiramente separada da igreja.
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