sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ilha da Páscoa

Os estranhos moais: as estátuas da Ilha de Páscoa são um mistério



Descobertas em 1722, as estátuas ainda são um mistério para os pesquisadores!



Texto: Ludmilla Balduino


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A Ilha de Páscoa seria só mais um pedacinho de terra no meio do Oceano Pacífico se não fossem os moais – estátuas de pedra em forma de humanos colocadas ali há mais de mil anos.


São cerca de 800 estátuas espalhadas pela ilha e que foram feitas pelos rapanuis, antigos habitantes que viviam no lugar entre os anos 1000 e 1700.


Ninguém sabe como eles conseguiam mover enormes blocos de pedra na época ou qual seria a função desses gigantes. Alguns pesquisadores acreditam que as estátuas eram presas a troncos e cordas e levadas por vários homens, até chegar ao local escolhido.


Eles supõem que essas figuras homenageavam antepassados dos rapanuis ou eram símbolos de deuses que protegeriam a ilha de tempestades e de outras catástrofes naturais.


LÁ NAS ALTURAS!


Alguns moais ficam sobre plataformas de pedras empilhadas. Ninguém entende como os rapanuis levantavam as estátuas e as colocavam ali.


OLHOS COLORIDOS


Depois que a estátua era erguida, olhos eram preenchidos com corais e pedras. Os enfeites se decompuseram, mas alguns moais foram restaurados.


CARAS DE VULCÃO


A maioria das estátuas da ilha são feitas a partir de rochas retiradas do vulcão Rano Raraku, que fica na parte leste da ilha e foram transportadas para vários locais. Os rapanuis contavam com poucas ferramentas e usavam pedras lascadas para esculpir os detalhes nessas rochas. Os maiores moais têm 10 metros de altura e pesam 10 toneladas.


CHAPÉUS DE PEDRA


As pedras vermelhas são uma referência a chapéus, que provavelmente eram usados por pessoas importantes e se chamavam pukao.


NO MEIO DO NADA


A ilha é minúscula e foi descoberta pelos europeus em um domingo de Páscoa no ano de 1722. Ela é chamada também de Rapa Nui e de Te Pito o Te Henua - que na língua dos nativos significa umbigo do mundo. É possível visitá-la, mas para isso é preciso ir até Santiago, capital do Chile, e pegar um avião (5 horas de viagem!) ou um barco.


A HISTÓRIA DOS RAPANUIS


Os ancestrais dos rapanuis vieram de barco da Polinésia (na Ásia) e chegaram à Ilha de Páscoa por volta do ano 100. Ao encontrar uma terra fértil, repleta de animais silvestres, formaram povoados e passaram a morar em cavernas ou casas de pedra. Com o tempo, parte dos recursos naturais se esgotou e aos poucos os nativos foram partindo.


A destruição foi tão grande que na época em que o holandês Jacob Roggeveen encontrou a ilha, quase não havia mais pessoas vivendo por ali. Mas, até hoje, a ilha tem moradores, que são descendentes dos rapanuis e procuram manter sua cultura. Para isso, preservam seu idioma e, em festas especiais, usam roupas e pinturas especiais, como os antepassados.


Rongorongo - os rapanuis tinham uma escrita complexa, chamada rongorongo, que ninguém decifrou, e falavam um idioma próprio. Enriqueça seu vocabulário:


  • Oi e tchau - iorana!
  • Tudo bem? - pehé koe?
  • Muito bem! - riva riva!
  • Obrigado - maururu.
  • De nada! - ote aha no!


Você sabia que:


Alguns moais já foram retirados da ilha de Páscoa e levados para museus para serem estudados? Há um exemplar no Museu Britânico (Londres, Inglaterra), outro no Museu du Quai de Branly (Paris, França) e um na cidade de Valparaíso, no litoral do Chile.


Consultoria: Marisa Afonso (professora do Museu de Arqueologia e Etnologia/USP)

Fonte: Internet
 

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