segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Raios


01/10/2012 - 08h33

Incidência de raios é maior no Estado

Intervenções na natureza e instalação de hidrelétricas aumentam índices no Estado
O Rio Grande do Sul é o quarto Estado com maior incidência de raios no Brasil, de acordo com dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os gaúchos perdem apenas para Mato Grosso, Pará e Amazonas, que aparece em primeiro lugar.
Em relação à densidade, porém, o Rio Grande do Sul ocupa a primeira posição, com 18 raios por quilômetro quadrado. A incidência, inclusive, deve aumentar. Quem afirma é o físico Guido de Camargo Portier, que também é colaborador do Inpe. “Isto se deve ao desmatamento irregular e a instalação de novas hidrelétricas no Estado”, explicou em entrevista à Rádio Gazeta. Segundo ele, as intervenções na natureza influenciam no trajeto da corrente de ar que, com as mudanças, passam mais pelo Rio Grande do Sul. “Agora estamos pagando o preço pela falta de cuidados com o meio ambiente”, lamenta.
O raio pode ser definido como uma descarga elétrica, que ocorre geralmente durante uma tempestade, entre partículas com carga negativa nas nuvens e positiva no solo. A polaridade do raio, no entanto, pode variar entre positiva e negativa. Conforme Portier, os de carga positiva são mais destrutivos, pois seu trajeto é mais demorado. Por sorte, 90% dos raios são negativos. “A nuvem se carrega com a movimentação do ar, que provoca o atrito entre partículas suspensas e pedrinhas de gelo. Quando se chocam, elas liberam cargas que muitas vezes são transformadas em raios”, explica.
No tempo em que o raio rompe a resistência do ar, a terra forma um campo com carga contrária. Ambos se unem a uma altura de 7 a 70 metros. No canal aberto durante esta conexão, chegam a passar 42 raios em frações de segundos. A velocidade faz com que seja possível enxergá-los como se fosse apenas um. “Os raios também podem subir do solo para o céu, normalmente partindo de árvores ou para-raios”, complementa o físico. O aterramento ruim ou má instalação do para-raios pode justificar por que, algumas vezes, o raio atinge o solo mesmo em uma área próxima a algum equipamento de proteção.

Fonte: Internet

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