sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mar Vermelho


Mar Vermelho


Localizado entre a África e a Península Arábica, o Mar Vermelho  fica em meio a um dos lugares considerados como o berço da humanidade e, segundo crêem os cristãos, foi o palco de um dos mais importantes episódios bíblicos. De fato, as águas do Mar Vermelho não são vermelhas. Mas porque então ele tem esse nome? Segundo algumas fontes, o Mar Vermelho apresentaria sim uma cor avermelhada em alguns períodos do ano devido à proliferação de um tipo específico de algas. Já, segundo outras fontes, a coloração ligeiramente avermelhada em algumas regiões da costa, se deve ao minério de ferro, presente em grandes quantidades nas montanhas ao redor do mar. Como a paisagem da região é desértica, com ventos constantes e vegetação esparsa e rasteira, a poeira avermelhada se deposita no mar, dando a ele sua tonalidade característica. Mas, conforme se avança para o alto mar, a cor vai voltando às tonalidades azuis.
Seja como for, o Mar Vermelho é considerado um mar “mediterrâneo”, pois possui um contato bastante restrito com as bacias oceânicas adjacentes (outros mares “mediterrâneos” são o Golfo Pérsico, o Mar Mediterrâneo, o Mar Negro, o Mar Báltico  e os Mares Australianos-Asiáticos – que banham a Indonésia).
Devido a essa característica, a circulação de suas massas de água se dá por gradientes de temperatura (termais) e salinidade (halinos), por isso ele também é considerado como sendo “termohalino” (Obs.: todos os mares mediterrâneos têm seus processos de circulação dominados por processos termohalinos).
No Mar Vermelho a taxa de recarga (precipitação e descarga de efluentes) é menor que a taxa de evaporação (por isso, sua bacia é classificada como “bacia de concentração”) o que torna suas águas mais densas e com maior teor de salinidade.
Principalmente nos países da Península Arábica, onde o clima desértico impõe condições extremas à população (existem apenas rios intermitentes e os lençóis freáticos, quando há, ficam a profundidades muito grandes) é realizado o processo de dessalinização das águas dos mares próximos, incluindo o Mar Vermelho.
É no Mar Vermelho também que encontramos o Canal de Suez. Um canal artificial que corta o istmo de Suez (porção estreita de terra que liga o continente africano á Península Arábica) construído para possibilitar a navegação direta do Mar Mediterrâneo para o Mar Vermelho.



Por que o Mar Vermelho tem esse nome?

A faixa de mar que separa a África da península Arábica foi batizada há tanto tempo, que tudo o que resta são hipóteses para todos os gostos. No século I, quando a expressão Mar Vermelho já era antiga, o historiador romano Plínio levantou a possibilidade de que o nome fosse uma homenagem ao rei Éritras, personagem da mitologia persa: na época, o mar também era chamado de Eritreu e o prefixo "eritro" significa vermelho em grego. "Outra explicação é que o sul da Palestina era conhecido como terra dos edomitas, os vermelhos", afirma o zoólogo Francis Dov Por, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel. Uma terceira hipótese se baseia na geografia. No sul da península do Sinai existem montanhas ricas em ferro, minério de cor avermelhada. O vento desgasta o deserto rochoso e arrasta a poeira para o mar, tingindo-o de vermelho.
Como se não bastasse, ainda existe mais uma especulação: a de que esse mar conteria a alga Trichodesmium erythraeum. Ao morrer, ela ganha um tom avermelhado, mudando a cor da água. Mas Dov Por acha essa hipótese improvável: "O Mar Vermelho é pobre em nutrientes, o que dificulta a proliferação de algas."
O mar Vermelho (árabe:Bahr el-Ahmar, hebraico Yam Suf ou Hayam Haadóm) é um golfo do Oceano Índico entre a África e a Ásia. Ao sul, o mar Vermelho comunica com o oceano Índico pelo estreito de Bab el Mandeb e o golfo de Áden. A norte se encontram a península do Sinai, o golfo de Aqaba e o canal de Suez (que permite a comunicação com o Mar Mediterrâneo).
O mar Vermelho tem um comprimento de aproximadamente 1900 km, por uma largura máxima de 300 km e uma profundidade máxima de 2 500 metros na fossa central, com uma profundidade média de 500 m, sua água tem um percentual de salinidade de aproximadamente 4% (ou 40‰). O mar Vermelho é famoso pela exuberância de sua vida submarina, sejam as inúmeras variedades de peixes ou os magníficos corais. A superfície do mar Vermelho é de aproximadamente 450 000 km², com uma população de mais de 1000 espécies de invertebrados, de 200 espécies de corais e de ao menos 300 espécies de tubarões.
As temperaturas na superfície do mar Vermelho são relativamente constantes, entre 21 e 25 °C. A visibilidade se mantém relativamente boa até 200 metros de profundidade, mas os ventos podem surgir rapidamente e as correntes se revelarem traiçoeiras.
A configuração do mar Vermelho é devido à separação das placas tectónicas da África e da península arábica. O movimento começou há cerca de trinta milhões de anos e continua atualmente, o que explica a existência de uma atividade vulcânica nas partes mais profundas e nas margens. Admite-se que o mar Vermelho transformar-se-á em um oceano, como propõe o modelo de John Tuzo Wilson.
O mar Vermelho é um destino turístico privilegiado, principalmente para os amantes de mergulho submarino.
Os países banhados pelo mar Vermelho são Arábia Saudita, Djibuti, Egito, Eritreia, Iêmen, Israel, Jordânia e Sudão.
Algumas cidades costeiras do mar Vermelho: Assab, Port Soudan, Port Safaga, Hurghada, Suez, Sharm el Sheikh, Eilat, Aqaba, Dahad, Jeddah, Al Hudaydah.
Ao contrário do que possa parecer, o Mar Vermelho, braço do Oceano Índico entre a costa da África e a Península Arábica, não tem esse nome por causa de sua cor. De longe suas águas têm um aspecto azulado. Normalmente são também bastante límpidas, o que faz que a região seja utilizada para atividades de mergulho. A mais provável origem do nome são as bactérias trichodesmium erythraeum, presentes na superfície da água. Durante sua proliferação elas deixam o mar com manchas avermelhadas em alguns lugares. Outra possibilidade são as montanhas ricas em minerais na costa arábica, apelidadas de "montanhas de rubi" por antigos viajantes da região.

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