A previsão é feita a partir da análise de dados captados em todo o
mundo por uma rede internacional. Até o fim da Segunda Guerra Mundial,
as informações meteorológicas tinham fins militares. Com a criação da
Organização das Nações Unidas, os países começaram a trabalhar em
conjunto e surgiu a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1950. Ela
estabelece o estado inicial global, que mostra as condições de tempo em
todo o planeta a partir de dados obtidos pelos países membros em um
mesmo horário.
Mesmo com tantos dados e poderosos computadores, muito da previsão vem
da leitura que os meteorologistas fazem dessas informações - é por isso
que as previsões para um mesmo local em um mesmo dia podem variar. Outro
problema é que há áreas do globo sobre as quais há menos informações, o
que deixa a previsão menos certeira. :)
FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL
Medição de dados na terra, no céu e no mar abastece central meteorológica mundial
SOB MEDIDA
A coleta de informações começa em terra, na estação meteorológica. Em
todo o mundo, há 11 mil delas, com equipamentos que medem dados próximos
da superfície, do nível do solo até cerca de 10 metros de altura. Em
geral, esses instrumentos são alimentados por painéis de energia solar.
CHECK-IN
As estações meteorológicas não cobrem todo o globo. Por isso, elas têm a
ajuda de miniestações espalhadas em lugares como os aeroportos, que
medem ventos, pressão atmosférica, chuva e umidade do ar, por exemplo.
Além de usar os dados para garantir a segurança dos vôos, os aeroportos
também os enviam à OMM
VISÃO AÉREA
Cerca de 3 mil aviões comerciais conveniados à OMM voam por uma área
que as estações não cobrem: as grandes altitudes. Os aviões viajam a
cerca de 11 mil metros de altura, onde as condições de tempo são muito
diferentes das da superfície. Por isso, esses dados são valiosos. Mas,
como as aeronaves não cruzam todo o globo, sobra uma área grande sobre a
qual não há dados
BÓIA FRIA
Estações meteorológicas cobrem a parte terrestre do globo, mas fica
faltando a maior área do planeta: as regiões oceânicas. A captação de
dados de superfície por ali fica por conta de bóias meteorológicas e de
navios mercantes, militares e de passageiros. Os 7 mil navios transmitem
dados como chuva e ventos, assim como as cerca de 900 bóias
BALÃO MÁGICO
Acima dos aviões, há balões meteorológicos que chegam a 30 mil metros
de altitude. Inflados com gás hélio, eles carregam radiossondas, um
conjunto de instrumentos que mede pressão atmosférica, temperatura e
umidade relativa do ar. Monitorando a posição do balão, é possível
checar também o vento
VIA SATÉLITE
As imagens de satélite mostram o que nenhum aparelho mede: a
movimentação das nuvens, o que ajuda a entender a dinâmica de chuvas e
temperaturas. As fotografias são tiradas por seis satélites
geoestacionários e cinco de órbita polar. Além da temperatura, as
imagens mostram vapor d'água e umidade
GUICHÊ DE INFORMAÇÕES
Com tantas informações vindas de fontes tão diferentes, alguém precisa
organizar a bagunça. Quem faz isso é a OMM, que processa os dados vindos
de 182 países e 6 territórios. Há três centrais principais - em
Melbourne (Austrália), Washington (EUA) e Moscou (Rússia) - e mais
outras 15 que processam as informações enviadas por todos os membros
pelo menos a cada três horas e distribuem os dados para que cada país
possa fazer suas previsões
NA TELA DA TV
Algumas empresas de meteorologia fazem boletins meteorológicos para
meios de comunicação. Existem canais de TV especializados no assunto e
emissoras que têm meteorologistas próprios. Mas a maioria dos canais
prefere colocar uma bela moça do tempo para falar se vai chover ou não
TRADUTOR INSTANTÂNEO
A OMM disponibiliza dados na forma de gráficos, tabelas e mapas
incompreensíveis para leigos. É aí que entram os meteorologistas: eles
jogam os números do dia atual e de dias anteriores em softwares que
calculam como será o clima futuro e acrescentam sua análise pessoal para
ler dados não numéricos, como as fotos de satélite
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